ATA DA QUINTA SESSÃO
ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 12-02-2014.
Aos doze dias do mês de
fevereiro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Delegado
Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, João Carlos Nedel, João Derly,
Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Séfora Mota e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Resolução
nº 060/13 (Processo nº 3462/13), de autoria da vereadora Any Ortiz; o Projeto
de Lei do Legislativo nº 401/13 (Processo nº 3527/13), de autoria do vereador
João Carlos Nedel; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 385/13 (Processo nº
3443/13), de autoria do vereador Professor Garcia. Após, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Pedro Ruas, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde do dia onze ao dia dezessete de fevereiro do corrente. Do EXPEDIENTE,
constaram: Nota da Seção Sindical da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior; e
Moções da Associação dos Docentes de Ensino Superior de Santa Catarina, do
Sindicato dos Trabalhadores da USP, do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos
Campos e Região e da Central Sindical e Popular, em apoio à greve dos
trabalhadores rodoviários de Porto Alegre. A seguir, o Presidente registrou o
transcurso, ontem, do aniversário da vereadora Lourdes Sprenger e informou o
lançamento, por Tonico Alvarez, servidor deste Legislativo, do livro “1923, Rio
Grande do Sul, Diário da Revolução”.
Às quatorze horas e vinte e três minutos, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, nos termos do artigo 13 do
Regimento, o vereador Mauro Pinheiro foi eleito para o cargo de 1º
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por vinte e um votos SIM,
tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz,
Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra. Após, o vereador Clàudio Janta foi eleito para integrar a Segunda
Comissão Representativa da Décima Sexta Legislatura da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Em continuidade, foi rejeitado Requerimento de autoria do
vereador Pedro Ruas, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da votação da
Indicação nº 003/14 (Processo nº 0302/14), por cinco votos SIM, dezesseis votos
NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Fernanda
Melchionna, Reginaldo Pujol, Kevin Krieger, Alceu Brasinha, Airto Ferronato,
Engº Comassetto, Mario Fraga, Idenir Cecchim, Any Ortiz, Sofia Cavedon e
Delegado Cleiton, em votação nominal solicitada pelos vereadores Mario Fraga e
Paulo Brum, tendo votado Sim os vereadores Engº Comassetto, Jussara Cony,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon, votado Não os vereadores
Airto Ferronato, Any Ortiz, Delegado Cleiton, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Paulo Brum e Waldir Canal e optado pela Abstenção os vereadores Bernardino Vendruscolo
e Tarciso Flecha Negra. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do
vereador Engº Comassetto, solicitando a retirada de tramitação da Indicação nº
003/14, por vinte e quatro votos SIM e três ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada pelo vereador Márcio Bins Ely, tendo votado Sim os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly,
Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins
Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Waldir Canal e
optado pela Abstenção os vereadores Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton e
Tarciso Flecha Negra. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Mario Fraga, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria priorizada para a Ordem do Dia. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 065/05
(Processo nº 1411/05), por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Delegado
Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mauro Pinheiro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia,
Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Após, foi aprovado o Requerimento nº
006/14 (Processo nº 0331/14), indicando as vereadoras Lourdes Sprenger e Séfora
Mota, respectivamente, aos cargos de Presidenta e Vice-Presidenta da Escola do
Legislativo Julieta Battistioli, tendo o Presidente declarado-as empossadas. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 208/13
(Processo nº 1917/13), o qual teve adiada sua discussão, por uma Sessão, a
Requerimento, aprovado, de autoria da vereadora Any Ortiz. Em Votação, esteve o
Requerimento nº 002/14 (Processo nº 0186/14), o qual teve adiada sua apreciação
por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador Engº
Comassetto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº
031/13 (Processo nº 2416/13). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 073/13 (Processo nº 0899/13). Foram aprovadas
as Emendas nos 01 e 02 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº
073/13. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 073/13. Às quinze horas
e cinquenta e nove minutos, o Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia.
Após, foi apregoado Termo de Indicação firmado pelo vereador Márcio Bins Ely,
Líder da Bancada do PDT, informando que os vereadores Márcio Bins Ely, Mario
Fraga e Nereu D'Avila assumem, respectivamente, como Líder e Vice-Líderes da
Bancada do PDT, a partir do dia de hoje. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Nereu D'Avila, Jussara Cony, Airto Ferronato, Any
Ortiz, Engº Comassetto, Waldir Canal, Reginaldo Pujol, Kevin Krieger e Fernanda
Melchionna. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 396, 402 e 403/13 e 009/14, os
Projetos de Lei do Executivo nos 058/13, 004 e 002/14, este
discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, o Projeto de Resolução nº 001/14; em
2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 258, 372, 374, 376,
384, 390 e 399/13, os Projetos de Lei do Executivo nos 001, 003 e
005/14, os Projetos de Resolução nos 054, 056 e 063/13. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Durante a
Sessão, os vereadores Bernardino Vendruscolo. Sofia Cavedon. Reginaldo Pujol,
Engº Comassetto, Airto Ferronato, Mônica Leal, Mario Fraga e Fernanda Melchionna
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e dezoito
minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo
vereador Kevin Krieger, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo vereador Professor Garcia e secretariados pelo vereador
Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Pedro
Ruas, solicitando Licença de Tratamento de Saúde no período de 11 a 17 de
fevereiro de 2014.
Registramos que a Ver.ª Lourdes Sprenger esteve a
aniversário no dia de ontem. Receba o abraço de todos os Vereadores desta Casa.
(Palmas.)
Também quero registrar que o servidor desta Casa, Tonico Alvarez, editou um livro e fez uma pesquisa iconográfica: 1923, Rio Grande do Sul, Diário da Revolução. Ele nos disse que fará a entrega de um exemplar do livro para cada um dos Srs. Vereadores. Parabéns, Tonico, pelo teu trabalho.
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 14h23min): Havendo
quórum, passamos à Ordem do
Dia.
Em votação nominal a indicação do nome do Ver.
Mauro Pinheiro para 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 21 votos SIM. Está eleito o Ver. Mauro Pinheiro para
1º Vice-Presidente do Legislativo e já o declaro empossado.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Vereador-Presidente, Professor Garcia, eu quero
aproveitar o momento para saudar a Casa e saudar a Bancada do PT, que toma uma
decisão importante em razão de que todos sabemos que o Mauro será o próximo
Presidente. Quando assumir, no ano que vem, ele não vai estar desconhecendo os
problemas da Casa, é o que vem acontecendo normalmente, com esses mandatos de
um ano. Então, é altamente louvável esta decisão da Bancada do PT, e da Casa,
em aceitar que o Ver. Mauro Pinheiro assuma a Vice-Presidência da Casa.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado.
Em votação a indicação do nome do Ver. Clàudio
Janta para Titular da Comissão Representativa desta Câmara. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA. O Ver. Clàudio Janta fará
parte da Comissão Representativa a partir de julho, e é só pelo ordenamento que
ele não fazia parte agora.
Em votação o Requerimento de autoria do Pedro Ruas,
solicitando o adiamento da votação da Indicação nº 003/14, por uma Sessão.
(Pausa.)
Quero ressaltar que, na última Sessão, o Ver. Pedro
Ruas fez um Requerimento para adiamento da votação da Indicação por uma Sessão.
Como não houve quórum, está reaberta a votação. Consulto a Bancada do PT no
sentido de manter o Requerimento ou ...
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, foi solicitado o adiamento por uma Sessão pelo Ver.
Pedro Ruas, Requerimento que não foi avaliado porque faltou quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Faltou quórum, foi exatamente o que acabei de
dizer.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Gostaríamos de votar o Requerimento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vamos votar o Requerimento. Não houve
encaminhamento.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, só um detalhe...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, não houve encaminhamento.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Já houve o encaminhamento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, não. O encaminhamento para adiamento,
Vereador, aí não houve quórum. O Requerimento, sim, mas...
O SR.
REGINALDO PUJOL: Também o Requerimento de encaminhamento foi
encaminhado, Presidente, salvo se o senhor anulou...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, não, Vereador, é que, no final, o Ver. Pedro
Ruas fez o Requerimento de adiamento de votação por uma Sessão, e é isso que
nós estamos votando.
O SR.
REGINALDO PUJOL: E foi encaminhado também esse Requerimento.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, é que não deu quórum, Vereador.
O SR.
REGINALDO PUJOL: E o senhor declarou anulado, então.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Daí, sim. Anulou a votação, estamos refazendo...
O SR.
REGINALDO PUJOL: Não deu quórum na votação, Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): É exatamente isso.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Declarou nulo?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Sim, foi nulo. Foi nulo.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Então, podemos discutir de novo, mas V. Exa. tem
que declarar que é nulo, porque, senão já foi encaminhado.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Foi exatamente isso que eu coloquei, Vereador.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Declarou nulo?
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Foi, Vereador.
A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Presidente, Ver.
Professor Garcia, eu quero, primeiro, dizer da importância de nós aproveitarmos
a discussão do Requerimento para fazer o debate, mas eu acho que o
Requerimento, inclusive, pode ser retirado, e não teria sentido mais votar a
questão do passe livre diante da suspensão da greve, apesar de permanecer o
estado de greve dos rodoviários em função da espera, do ajuizamento da greve,
do julgamento que será na segunda-feira, dia 17, no Ministério Público do
Trabalho, das pautas dos trabalhadores, e, portanto, dessa situação de luta de
uma categoria que fez uma grande mobilização em Porto Alegre, pautando essa
questão das péssimas condições de trabalho, e também da qualidade do
transporte, do lucro abusivo dos empresários.
Então, eu quero já deixar consignado que me parece
que o Requerimento perde o seu sentido, assim como a votação do passe livre,
que deveria ter sido, na nossa opinião, Ver. Pujol, uma atuação fundamental que
deveria ter sido feita pelo Prefeito Fortunati nos dias em que Porto Alegre
viveu a greve, permitindo que os trabalhadores rodassem. Porque eles votaram em
assembleia – os rodoviários – que voltariam cem por cento da frota, caso o
Prefeito decretasse passe livre, e ao mesmo tempo, permitiria que seguissem com
a luta sindical contra a patronal, que não respeita os direitos trabalhistas
dos rodoviários de nossa Cidade.
Feito esse registro, eu aproveito este momento para
debater a questão dos ônibus em Porto Alegre. Nós estamos vendo mais um absurdo
do Governo Fortunati. Primeiro, a questão do ar-condicionado, e eu sugeri, e
sugiro de público, que se não tiver ar-condicionado nos ônibus, que não tenha
ar-condicionado em nenhum carro oficial da Prefeitura, da Câmara, de qualquer
uma das Secretarias, porque é um absurdo, nesse calor escaldante, tirar o
ar-condicionado que já é quase inexistente! Nem 30% da frota tem
ar-condicionado. Dos três ônibus que eu peguei hoje, apenas um tinha
ar-condicionado. Com esse calor que todos estamos vivendo na cidade de Porto
Alegre. Aliás, Florianópolis previu ar-condicionado e reduziu a tarifa igual.
Previu ar-condicionado, previu o ônibus adaptado e reduziu em R$ 0,10 a tarifa
em Florianópolis.
Não bastasse isso, hoje eu sou surpreendida com as
declarações do Prefeito Fortunati de que quer rever a isenção para idosos de 60
a 64 anos. Primeiro, eu gosto sempre de registrar, porque muitos se aproveitam
da desinformação para dizer que os idosos de 60 anos, que ganham R$ 10 mil,
pegam ônibus. Primeiro que ninguém que tem um salário desse valor pega ônibus;
anda de lotação ou vai de táxi, em geral tem carro – mas nem vamos entrar nesse
mérito. O direito é para idosos de 60 a 64 anos que ganham até três salários
mínimos. Foi um Projeto aprovado e aplicado em Porto Alegre durante muito
tempo, e me parece muito estranho que um sistema cartelizado, que funciona na
ilegalidade, ao longo dos anos, sempre tenha tentado atacar os direitos da
população idosa da nossa Cidade, o direito do estudante, e Porto Alegre nunca
avançou no passe livre. Mas o que me incomoda profundamente é que o Prefeito Fortunati
arranja todos os culpados do mundo para a passagem ser cara: primeiro, o
ar-condicionado, que já é inexistente em 70% da frota; agora são os idosos;
antes, Ver. Paulinho Motorista, era o salário do motorista e do cobrador, que é
uma vergonha, que foi arrochado ao longo dos anos; eles foram massacrados com o
banco de horas; que eles mentiam descaradamente. Agora são os idosos, e o
Prefeito Fortunati nunca fala dos lucros abusivos dos empresários. Nunca vi,
mesmo tendo saído a auditoria do Tribunal de Contas, mesmo tendo sido votado
pelo Tribunal de Contas, mesmo tendo ficado comprovado que, apenas em 2012,
eles ganharam R$ 72 milhões, ilegalmente, na cidade de Porto Alegre. Mas ele
nunca fala desses valores! Ele nunca fala da verba de publicidade que deveria
ir para o plano de saúde dos rodoviários, e não vai. Ele nunca fala que a ATP
controla a bilhetagem eletrônica – a raposa cuidando do galinheiro. Nunca fala,
também, de 3% dos recursos da Câmara de Compensação Tarifária que ficam na mão
da entidade patronal. É um silêncio absoluto sobre a farra que foi instituída –
há muitos anos, é verdade – na cidade de Porto Alegre, no que diz respeito ao
transporte coletivo. A culpa sempre é da população, sejam os usuários, os
rodoviários, agora os idosos, amanhã os estudantes. Nós não podemos aceitar
essa lógica! Nós não podemos aceitar essa lógica do bode na sala para que tenha
um edital de licitação que privilegie as empresas que já estão aqui e que, por
outro lado, retire direitos dos trabalhadores. Nós queremos que, no edital,
sejam previstas seis horas de trabalho e que tenham compromisso de contratar os
trabalhadores que, há mais de 20 anos, conduzem os ônibus da nossa Cidade. São
8 mil trabalhadores rodoviários, valorosos companheiros e valorosas companheiras
que dirigem os ônibus de nossa Cidade e que fazem Porto Alegre andar. Nós
queremos que, na licitação, sejam previstos mais direitos à população, ônibus
adaptado, de fato, cem por cento da frota.
Agora, reitero, Presidente, que nós teremos, no dia
27, a audiência do Executivo. Primeiro, eu quero registrar que acho complicado
que o Executivo vá fazer um debate tão importante às vésperas do carnaval. Nós
sabemos que nós estaremos aqui, mas o povo de Porto Alegre estará aqui para
discutir? E quer discutir; a gente vê pelas redes sociais, vê pelas enquetes, a
população quer discutir tarifa, qualidade, condições de trabalho, modais de
transporte. Segundo, eu acho que o Legislativo também tem que ter a sua
audiência pública. Em uma audiência do Executivo, quem dá as regras é o
Governo, e nós precisamos manter a independência e garantir que o Legislativo
faça também a sua audiência pública, a sua rodada de negociação, ou discutir os
critérios dessa audiência pública: quantos falarão, quem falará; será uma
audiência pública que encaminhará o que o povo falar aqui na Câmara ou será
apenas mais uma audiência de fachada para fingir que ouviu e empurrar goela
abaixo projetos que piorem a vida do nosso povo?
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
o Requerimento de adiamento mantém uma discussão sobre um fato que não era nem
para ter sido levantado. Primeiro, nós, da Câmara, não podemos pedir para o Sr.
Prefeito fazer uma ilegalidade. A decretação do passe livre, que é pretendida,
não é possível ser feita pelo Prefeito se não houver uma lei que o autorize a proceder
dessa forma. Além do mais, os próprios integrantes do movimento grevista, mais
sabiamente do que a bancada do Partido dos Trabalhadores e das oposições,
entenderam de manter o estado de greve enquanto não houver a celebração por
parte da egrégia Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul da 3ª Região em se
manifestar, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira. Então, desde o
primeiro momento, nós fomos muito categóricos a respeito da nossa posição de
mais absoluta contrariedade a esse Requerimento, que, respeitosamente, eu disse
que era pueril para não dizer que era um absurdo o aqui pretendido. Ninguém
pode imaginar, nem tampouco os próprios grevistas pensariam em uma situação
como essa, que é a própria desordem. Hoje, os ônibus estão trafegando, inteligentemente
os grevistas mantiveram o estado de greve, mas liberaram os veículos, não nos
30%, ou 70%, que foi discutido, liberaram todos os veículos. Hoje toda a frota
operante e disponível em Porto Alegre está trafegando nas ruas, conduzindo os
usuários do sistema em Porto Alegre. Então, a manutenção dessa discussão é
absolutamente a garantia de que haja um palanque, Ver. Mario Fraga, para que se utilize para outra finalidade que não
propriamente aquilo que era o objetivo que se buscava num primeiro momento –
pelo menos nós buscávamos –, que era contribuir para que a greve fosse
concluída e que a população parasse de sofrer com a ausência absoluta do
sistema. Hoje está tudo resolvido.
Voto contra o
Requerimento de adiamento, hoje, no dia em que ele for votado, se a Casa
concordar com o adiamento; votaria antes, porque é destituído de todo e
qualquer fundamento.
Não é crível que
alguém possa imaginar um dia os ônibus de Porto Alegre todos entrando e saindo
sem necessidade nenhuma como ocorre, inclusive, com alguma cerimônia nos dias
de passe livre – aí ninguém entra dentro dos ônibus. Os usuários ficariam mais
uma vez tolhidos desse sistema.
Então, este absurdo
que é pretendido, se fosse hoje colocado em votação – e me parece que a
disposição da Casa é no sentido de apoiar o adiamento –, eu iria votar
contrariamente; se for votado na próxima segunda-feira, vou votar
contrariamente; se já tivesse sido votado, eu teria votado contrariamente. Eu e
vários outros Vereadores.
Quero dizer ao meu
Líder, Ver. Ferronato, que se dispõe a apoiar o adiamento, que eu não sei se
vou segui-lo. Vou ficar entre o voto contrário e a abstenção, mas eu não vou
aprovar este adiamento, porque acho que isso já rendeu discursos demais, já
ocupou em demasia, Vereador-Presidente, os trabalhos da Casa. Em dois dias
tivemos prejudicado o andamento da Ordem do Dia, que não foi cumprida
rigorosamente, e, hoje, novamente, o tema nos atropela e estamos aqui seguindo
o jogo que nos foi proposto, discutindo uma matéria que não mereceria ser discutida.
Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
O SR. KEVIN KRIEGER: Boa-tarde, cumprimentando
o nosso Presidente Ver. Garcia, quero cumprimentar todos os Vereadores e as
Vereadoras; venho, como o Ver. Pujol, do DEM, trazer a nossa posição, do
Partido Progressista, também de não adiamento, e sim de votação, enfrentar esse
tema, até porque os rodoviários já voltaram a trabalhar, e não tem mais sentido
nós adiarmos essa votação. Também gostaria de rebater algumas palavras que a
Ver.ª Fernanda colocou nesta tribuna, neste momento, mais uma vez colocando o
Prefeito Fortunati como responsável por muitas coisas que, na verdade, não são
da responsabilidade dele. Ela falou em relação ao ar-condicionado e em relação,
também, a outras questões, como a dos idosos de 60 a 64 anos. Na verdade, na
semana passada, depois do excelente trabalho que esta Câmara de Vereadores fez,
conseguindo, junto ao Tribunal de Contas do Estado, antecipar a reunião de
decisão em relação à tarifa dos ônibus na cidade de Porto Alegre. O Prefeito
assistiu à plenária do Tribunal de Contas do Estado e disse que ia seguir à
risca todas as suas determinações. O Prefeito vem falando de questões que nós
debateremos na audiência pública do dia 27. O Secretário Cappellari se dispôs a
estar aqui e fazer essa audiência pública para que nós possamos discutir a
questão do ar-condicionado, discutir as questões das isenções que nós temos na
Cidade, o quanto isso vai custar na tarifa. Se nós queremos mais qualidade no
serviço, ou o menor preço, a Casa tem que discutir isso. O Prefeito tem
colocado essas questões, e esse é o papel que ele tem que fazer. Agora, ele não
disse que não vai ter ar-condicionado ou que vai ter ar-condicionado. Ele está
colocando algumas questões que têm que ser debatidas por nós e pela Cidade.
Está o Orçamento Participativo se reunindo junto às suas comunidades, Ver. Tarciso,
para discutir a questão do ar-condicionado. Eu, sinceramente, não tenho uma
posição definida em relação a isso, quero escutar a comunidade. Eu, até agora,
sinceramente, acho que precisa de ar-condicionado nos ônibus porque as pessoas,
para deixarem seus carros em casa, têm que ter um serviço público de qualidade.
Agora, essa é a discussão que nós temos que fazer aqui, e não dizer que o
Prefeito quer isso ou que o Prefeito quer aquilo. O Prefeito José Fortunati
está fazendo a discussão pública que tem que ser feita, Ver. Cecchim: se nós
queremos, realmente, manter a isenção para os idosos de 60 a 64 anos. Isso,
querendo ou não, faz a tarifa aumentar; ou faria a tarifa diminuir! São
discussões que nós temos que fazer, esta Casa tem que fazer essa discussão.
Eu tenho, sem dúvida
nenhuma, um carinho pelos idosos porque trabalhei na Fundação de Assistência
Social e Cidadania e trabalhei com idoso que necessita desse transporte público
muitas vezes. Agora, temos que tomar essa decisão, e que ela seja clara e
transparente para que a tarifa pública tenha um valor, que estará de acordo com
a decisão do Tribunal de Contas do Estado. O Prefeito já afirmou que vai seguir
à risca a decisão do Tribunal.
Então, às vezes, eu
não consigo entender as questões que são colocadas aqui. Nós temos que ter
clareza que o Tribunal de Contas do Estado vai ser seguido, e que temos que
fazer essas discussões aqui com muita transparência e com muita tranquilidade,
porque elas podem afetar uma população que necessita muito desse transporte
público e que, muitas vezes, não tem condição de acessar o sistema de
transporte para ir e vir aos serviços públicos, como da assistência, da saúde e
de tantas outras áreas. Em nome do Partido Progressista, nós queremos enfrentar
essa discussão e a votação.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Pedro Ruas.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras; eu fico pensando e olhando: de que mais falta
culpar o Prefeito Fortunati? Acho que o Prefeito Fortunati é culpado até do
calor! Acho que é culpado até da vaquinha do Delúbio e do Zé Dirceu, só falta
acusarem o Prefeito disso, de que existe vaquinha para lá, vaquinha para cá. Só
falta culpar o Prefeito, Ver.ª Any! Um Prefeito que, realmente, está obedecendo
e cumprindo a ordem, cumprindo a lei.
Eu quero dizer
para a Ver.ª Fernanda que gosto do trabalho dela, sou amigo dela, mas eu não
posso concordar com algumas coisas que ela coloca aqui nesta tribuna. Uma,
porque acabou a greve, acho que não tem significância nenhuma mais nós votarmos
este Requerimento. Segundo, porque este Prefeito é um Prefeito que quer a
transparência e mostra que quer a transparência. Não é igual aos outros! Teve
prefeito nesta Cidade que se atirava para tudo que é canto e se escondia – não
é, Ver. Nereu D’Avila? – quando fizeram aquela verdadeira vergonha no
transporte. Isso temos que lembrar sempre, porque jogar palavra no ar é fácil –
“o Prefeito é culpado de tudo”.
Claro que nós
queremos que o cidadão, o usuário tenha um conforto melhor, mas isso tem custo,
alguém tem que pagar. E nada melhor que o Prefeito estar fazendo uma audiência
pública aqui na Câmara, que foi um pedido do nosso querido Presidente, Ver.
Professor Garcia, que, aliás, foi um Secretário extraordinário lá na SMAM. Eu
costumo dizer que ele foi um Secretário que realmente mudou o trabalho lá na
SMAM.
Então, senhores, eu
começo a pensar: é tanta mentira, Ver. Cecchim, é tanta mentira, é tanta
loucura, Ver. Mario Fraga, por que tanta raiva do Prefeito? Será que este
Prefeito fez alguma coisa, porque é um massacre, jogam palavras, de tudo o
Prefeito é culpado, Ver. Sabino? Ver. Paulinho Brum, e aí eu fico pensando cá
para mim: todo o mundo gosta de jogar um pouquinho no ventilador. Mas vamos
começar a puxar o passado para ver como é que foi! Vamos olhar cada um para o
seu rabo, um pouquinho cada um! Por quê? Nós estamos assistindo de tudo aqui,
Ver. Nereu, de tudo. Eu não acreditei quando eu vi os meus colegas juntos, no
almoço, defendendo o Zé Dirceu! Eu não acreditei! Eu não acreditei, eu tinha
certeza... porque eu conheço os Vereadores que trabalham, são Vereadores
sérios. E aí vão contribuir com a vaquinha do Delúbio e do Zé Dirceu?! Cá para
nós!
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Ver.ª Sofia,
professorona, eu gosto muito da senhora, eu quero dizer que, com certeza
absoluta, eu fico envergonhado porque a gente não pode brincar com o problema
do cidadão, e aqui estão tentando brincar. Talvez eu seja o Vereador que mais
usa o ônibus. Eu vou pro Centro, volto do Centro, ando de ônibus e gosto de
andar em ônibus com ar-condicionado. Mas isso tem um custo. Será que esses Vereadores,
colegas que estão aqui têm certeza do que estão falando? Brincar com a
necessidade das pessoas?! Eu sei que os rodoviários são pessoas sérias, pessoas
que conduzem a população, mas também tem que ver como a população tem que ser
transportada. Então, Ver. Cecchim, eu não concordo. Eu hoje votaria contra; a
semana que vem, junto com o senhor, no seu discurso, eu voto contra. Voto
contra porque eu acho que não tem mais necessidade, e quero dizer mais uma vez:
para que tanta raiva deste homem que é iluminado por Deus, José Fortunati?
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airton
Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Pedro Ruas.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores; quero registrar, com
satisfação, a presença do nosso sempre Deputado Federal Luiz Noé, do meu
Partido, que assumiu a vaga do Deputado Beto Albuquerque enquanto ele estava
Secretário aqui no Estado do Rio Grande do Sul. Nós vamos falar sobre a questão
que levantou a primeira Vereadora que falou na tarde de hoje, a amiga e
Vereadora Fernanda Melchionna. A Fernanda chegou aqui ao Vereador dizendo que é
preciso audiência pública. Nenhum problema! Mas acontece que, no dia 5 de
março, Ver. Pujol, vencem os 30 dias do prazo dado, imposto pelo Poder
Judiciário para o encaminhamento e publicação da licitação de empresas de
ônibus.
Portanto, para se modificar esse prazo, ou para
cumprir ou não deixar de cumprir a ordem judicial, é preciso falar com, no
mínimo, o juiz que determinou esse prazo. E repito: há 40 anos trabalho com
finanças públicas e é a primeira vez que vejo uma decisão, com todo o respeito,
que determina inclusive o prazo de publicação da licitação, e um prazo bastante
curto. Se quisermos outras audiências, Ver.ª Mônica, além da que está proposta,
necessariamente vamos descumprir uma ordem judicial. E essa não é a posição do
Executivo e do Prefeito, essencialmente o nosso querido Prefeito José
Fortunati. Então, temos uma audiência.
Por outro lado, logo depois da Mônica, iniciaram-se
outras manifestações. O que faz o Prefeito? Apresenta uma proposta e ouve antes
da audiência pública o Orçamento Participativo. Aliás, já está – e eu li ontem
– determinado que os conselheiros do Orçamento Participativo vão se reunir nas
suas instâncias para discutir a questão principalmente do ar-condicionado nos
ônibus. Eu não acredito que a oposição desta Casa venha a se posicionar
contrária a essa posição do Prefeito de que se ouça o Orçamento Participativo
sobre as questões da licitação. Já está se ouvindo.
“Que jogada inteligente”, diz o Vereador e amigo
Kopittke. Claro, se fosse a bancada da oposição, o PT no Governo que levasse
para o Orçamento Participativo, seria a salvação da lavoura. Agora, como é o
Governo Fortunati, é uma jogada. É uma realidade: Porto Alegre é a capital
mundial da participação popular. Ver. Idenir Cecchim, vou repetir.
(Aparte antirregimental do Ver. Engº Comassetto.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: Não, está certo, eu agradeço. Assim, Ver. Idenir Cecchim, repito: o
primeiro Vereador deste País que aprovou e apoiou o Orçamento Participativo fui
eu. E agora, nós estamos vivendo uma instância...
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: Não, não, não, não. O Prefeito Olívio encaminhou e eu fui à tribuna e
disse que estava certo. Está registrado nos Anais aqui da Câmara. É verdade.
Nós precisamos ouvir o Orçamento Participativo e
fazer também uma audiência pública, no dia 27. Mais audiências públicas além da
do dia 27, Ver. Idenir Cecchim, só se a Justiça reverter a decisão que tomou.
Nós, do Governo, não vamos pedir essa reversão, talvez caiba à Câmara fazer
isso. Portanto, eis o nosso alerta. Estamos aqui na discussão desse problema
que é importante, e na discussão do nosso requerimento. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhores que nos
assistem, imprensa aqui presente. Vou iniciar a nossa fala porque essa tribuna
é livre e cada um é responsável pelo que fala aqui, sendo coerente ou
incoerente. Vou reproduzir a nossa fala da primeira reunião de Mesa que fizemos
e que levamos ao Presidente e a todos os Líderes: que esta Câmara deveria tirar
como prioridade enfrentar o tema, o problema naquele momento da greve do
transporte, analisar todos os projetos que existem na Casa e fazer o debate
sobre o transporte público. A maioria que veio aqui, inclusive para nos
criticar, votou contra – nós perdemos –, porque não quis discutir o tema do
transporte público de Porto Alegre e a greve que todos vivíamos naquele
momento, Ver. Pujol. Nós propusemos, na segunda passada, num direito legítimo
das nossas Bancadas, uma possível sugestão ao Prefeito Municipal com um único
objetivo, Ver. Flecha, que era uma medida no sentido de enfrentar a greve que existia
naquele momento. E o que é que nós sugerimos na segunda passada, que estava na
efervescência sem saída da greve? Que o Prefeito Municipal, como indicativo
desta Casa, decretasse o passe livre geral dos ônibus, num período mínimo de
cinco dias, para resolver o problema do transporte público naquele momento
pontual. E a fórmula de fazer isso é óbvio que seria do Prefeito Municipal de
Porto Alegre, a quem nós respeitamos, e nós temos sugestões para fazer para a
Cidade, e é nesta tribuna que fazemos as sugestões.
Pois bem, Ver. Ferronato, a greve acabou. Na segunda passada, a maioria que quer votar hoje veio aqui e impediu a votação. Não tem sentido votarmos hoje esse projeto se ele tinha por objetivo indicar ao Prefeito que estudasse a possibilidade do passe livre para pôr fim à greve. A greve chegou ao final. Portanto, querer discutir ele aqui, para nós é um prazer, mas, coerentemente, na política que fizemos naquele momento, não tem sentido, porque o requerimento que apresentamos, Sr. Presidente, era um indicativo para que o Prefeito analisasse a possibilidade do passe livre para resolver um impasse. O impasse está 98% resolvido, só falta a decisão do Tribunal Regional do Trabalho agora, que vai determinar a agenda dos trabalhadores. Agora, isso não impede que esta Câmara assuma o debate que existe na Cidade sobre qual é o modelo de ônibus que nós queremos. O que está em questão neste momento, Ver. Márcio Bins Ely, é qual é o modelo de ônibus que nós queremos: se é com ar-condicionado ou sem ar-condicionado, como o Prefeito e o Cappellari sugeriram; é aumentando as linhas nos bairros e vilas distantes; é aumentando o número de horários; é incrementando, inclusive, o acesso às pessoas com deficiências num maior número de ônibus; é tratando a questão dos subsídios, que já foram dados, mas que não refletiu no preço da passagem. Portanto, esta Câmara precisa saber onde foi parar esse dinheiro, pois, hoje, nós temos uma opinião diferente da ATP, opinião essa expressa nos jornais, quando ela diz que há prejuízo de R$ 28 milhões, o que pode estar certo, mas, se nós não debatermos, nós nunca vamos chegar a essa conclusão. Nós, particularmente, achamos que não e pensamos que, quem tem um superávit financeiro, são os transportadores. Agora, essa é uma opinião nossa, e é legítima, assim como é legítima a opinião deles neste momento. Então, nós temos que nos debruçar sobre o modelo de transporte público da Cidade. E, aqui, Ver. Ferronato, é claro que quem criou o Orçamento Participativo, que fomos nós, não poderíamos nos negar a essa atitude de consultar toda a população de Porto Alegre sobre esse modelo. E, mesmo assim, Ver. Krieger, eu creio que é insuficiente debatermos somente a questão do ar-condicionado. Isso parece aquele dito popular em que querem colocar o bode na sala para disfarçar um possível aumento na passagem. Nós temos que discutir a questão do ar-condicionado, o tamanho dos ônibus, as novas linhas, a integralização dos ônibus ao metrô, à Região Metropolitana, ao catamarã, aos lotações; temos que discutir também a bilhetagem eletrônica, os subsídios que já foram dados; a diminuição da passagem em apenas R$ 0,05 centavos, apesar de nós termos sugerido que a diminuição fosse na ordem de 2,5%, o que significaria sete centavos e doze avos, ou seja, temos que discutir onde foram parar esses dois centavos e doze avos. Então, esses são os temas. E aqueles que não querem debater ainda vêm aqui dizer que nós estamos jogando contra. Não, o que nós queremos, discutindo esses temas, é fazer com que, daqui a cinco anos, a Cidade não esteja paralisada novamente por um modelo que foi construído agora. Nós entendemos que este Poder Legislativo Municipal tem uma parcela de responsabilidade com isso, e, se este Parlamento não debater e não passar a limpo esses temas, inclusive tirando as dúvidas da sociedade, nós poderemos cometer um equívoco de ordem política que refletirá na vida de cada cidadão.
Portanto, a nossa proposta é no sentido de não
votarmos isso por já estar extemporâneo. E em política se perdeu-se a
oportunidade do dia, perdeu-se, ou seja, esta Casa deixou de debater e votar no
dia que foi sugerido, ou seja, na última segunda-feira. Hoje, não há mais
sentido, mas, se quiserem debater, para nós será um prazer. Um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Professor Garcia): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, público nas galerias, público que nos assiste pela TV Câmara, vou
começar o discurso pelo fim da fala do Ver. Comassetto. O Requerimento do Ver.
Comassetto, assinado por ele e por outros Vereadores, poderia ser retirado de
imediato e nós não estaríamos aqui, às 15h9min, discutindo um assunto que não
tem mais fundamento, Ver. Cecchim. Então, se a sugestão foi sua – diz o Ver.
Comassetto –, ele que vá ali, retire e eu paro de falar! O senhor vai retirar
agora? Se ele retirar agora, eu paro de falar, porque não tem mais fundamento!
A semana passada e a segunda toda, eu pedi aqui para falar só nesse tema; hoje,
não tem mais por que falar nisso! Não tem mais por que falar nesse tema,
decretando passe livre imediato, já que os ônibus estão trabalhando. E a greve
não terminou, os rodoviários estão em estado de greve. A greve não terminou,
eles podem parar a qualquer momento. Então, a Câmara já fez a parte dela.
Eu, representando aqui a bancada do PDT – dos
Vereadores Márcio Bins Ely, nosso Líder, Delegado Cleiton, Nereu D’Avila e Dr.
Thiago –, estava falando com o Delegado Cleiton, e o Ver. Comassetto também
falou sobre isto: o Prefeito Fortunati, ontem à noite, entregou o projeto às
lideranças do Orçamento Participativo, porque, quando o Fogaça assumiu, o PT
disse que ia assumir o Orçamento Participativo. E o governo continuou o OP com
o Fogaça e com o Fortunati, e o Orçamento Participativo está cada vez mais
forte, Ver. Brasinha. O Orçamento Participativo está cada vez mais forte, tanto
que as plenárias aumentaram em 40% este ano. São 25 anos de Orçamento
Participativo, e o Delegado Cleiton fez várias visitas ao OP este ano.
Então, ontem à noite, o Prefeito entregou para os
conselheiros do OP, Ver. Márcio Bins Ely, que estão levando para as suas
regiões.
Eu volto a falar aqui: este Vereador gostaria de
que, neste momento, a Câmara se ativesse a outros temas. Nós temos tantos
outros temas aqui para falar e este tema da greve já era para ser passado. Já
que o Ver. Comassetto não teve autorização, meu amigo Villela, meu ex-Prefeito,
para retirar o Indicativo, então, nós continuaremos falando sobre isso e vamos
votar contra, Ver. Paulo Brum, o adiamento da votação, para que haja votação,
neste momento, nesta Casa, e esse assunto termine, até que aconteça um fato
novo.
Assim como o Ver. Ferronato falou no Orçamento
Participativo, nós também temos que falar na intervenção do transporte coletivo
que houve em 1989, não podemos nos esquecer disso. Tudo isso aconteceu, porque,
na verdade, Vereadores, se nós formos pensar – Ver. Reginaldo Pujol, que sempre
nos acompanha –, sempre, todos os anos, no momento do dissídio coletivo dos
rodoviários, há um movimento forte. E este ano o que aconteceu, colega Mario
Manfro? Este ano o movimento se tornou mais forte em função dos movimentos de
rua. Nós vimos os movimentos começarem em São Paulo, no Rio de Janeiro, em
Porto Alegre, então os rodoviários, teoricamente, ficaram mais fortes. Mas esse
movimento dos rodoviários acontece todos os anos, no mês do dissídio coletivo.
E eu acho isso muito justo. Já falei isso algumas vezes e falo mais uma vez:
meu pai foi motorista de ônibus a vida toda. Então, acho muito justo que, no
mês de fevereiro, eles façam as suas reivindicações.
O que eu não acho justo, Delegado Cleiton, é
continuarmos falando nesse assunto aqui na Câmara, tendo tantos outros assuntos
a serem debatidos, como, por exemplo, a falta de luz em toda a cidade de Porto
Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereador.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, sugiro a V. Exa. que esclareça o que estamos debatendo,
porque os Vereadores que se manifestaram, e o último que ocupou a tribuna, o
Ver. Mario, está equivocado! Nós não estamos, aqui, discutindo o conteúdo, nós
sugerimos retirá-lo do debate porque não tem sentido.
É isso o que estamos discutindo, se vamos continuar
ou não analisando o tema.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): V. Exa. já explicou agora.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento do Ver. Pedro Ruas.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu acho engraçado
retirar depois que toda a bancada discutiu, ou todos aqueles que têm direito a
discutir. É um direito.
Agora, Ver. Brasinha, eu fui dar uma pesquisada na
raça das vaquinhas leiteiras. Só se fala em vaquinha, agora, aqui no Brasil:
vaquinha para isso, vaquinha para aquilo. E eu quero dizer que lá em
Ibiraiaras, a vaquinha que mais dá leite é uma vaca holandesa, lá no tambo do
meu irmão: 47 litros por dia.
Então, eu queria sugerir ao pessoal que faz
vaquinha aí, que escolha uma raça boa para fazer...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Por gentileza, Vereador, vamos nos limitar ao
tema.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Presidente. Eu peço desculpas, mas eu fui provocado sobre
esse assunto.
Agora, a retirada ou não do pedido de votação do
passe livre, depois que a greve terminou, eu acho que é uma coisa óbvia, Ver.
Comassetto – V. Exa. foi muito calmo e didático, hoje, aqui, e eu entendo –,
então só nós cabe fazermos algumas considerações.
Eu acho que uma coisa que eu não entendi é fato de
o PT estar contra a Prefeitura ouvir o Orçamento Participativo. O Orçamento
Participativo tem que ser ouvido em tudo, já que foi criado lá, antes, pelo
Dirceu Carneiro, no Município de Lages, em Santa Catarina; depois, pelo
Bernardo de Souza, em Pelotas; depois, pelo Olívio Dutra, em Porto Alegre, mas
depois de o Collares ter criado aqui os conselhos dos bairros, também. O
Collares fez um Orçamento
Participativo à sua moda, e o Prefeito Fogaça o assumiu, ouvindo o Orçamento
Participativo, que continua até hoje, com as plenárias cada vez mais lotadas. É
lamentável, Vereadora. Eu acho que não tem como explicar o porquê de o PT ser
contra o Orçamento Participativo.
A bancada do PT tem razão, porque não quis retirar
o requerimento; se quisesse, teria feito isso no início do debate, e não depois
de todos terem falado. Não! Eles queriam discutir, mas foi mais um tiro no pé,
porque, quanto mais eles discutem esse assunto, Ver. Cleiton, mais eles perdem.
Eu, a essas alturas, já não estou mais criticando a bancada do PT, porque pelo
menos eles tentaram. Embarcaram no ônibus de um Vereador, de outra Vereadora,
um ônibus que não deu carona direito, fazendo com que se perdessem.
Nós queremos discutir e votar não o que interessa à
bancada do PT, mas o que interessa à população de Porto Alegre. A população da
nossa Cidade quer andar de ônibus – e conseguiu –, quer pagar o preço justo,
mas não quer se sujeitar a algumas pessoas que fazem as greves em nome de
outros. Eu fui ao Tesourinha, antes de ir para a televisão, na segunda-feira.
Olha, tinha de tudo, mas motorista e cobrador eram muito poucos, muito poucos.
Então se terceirizou a greve dos ônibus – agora está se terceirizando tudo: se
terceirizam as manifestações, estão terceirizando tudo. E as terceirizações não
estão dando certo; a última delas ou uma das últimas é essa dos médicos
cubanos, e eles estão fugindo. Os médicos estão debandando, uma pena, porque
foi um contrato malfeito – terceirizaram uma responsabilidade. Escravo não
existe mais, não poderia mais existir. Fizeram a escravatura na África, iam lá
e buscavam as pessoas para escravizar no Brasil. Agora é diferente, é uma
escravatura teoricamente legalizada, com os papeizinhos, com intermediários,
com intermediários da ditadura Castro, de Cuba, com mais alguns aqui no Brasil;
mas é ilegal. Não sei se dá para chamar de ditador, acho que não, até é uma
ofensa para os bons ditadores. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
A SRA. ANY
ORTIZ: Boa-tarde, Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste através da TV
Câmara, aqui no plenário. Da mesma forma, Cecchim, infelizmente, não pude fazer
um aparte aqui na sua fala, mas eu venho complementar o que o senhor estava
falando a respeito da importância do Orçamento Participativo. Se ontem, nós
tivemos, aqui na cidade de Porto Alegre, uma discussão com os conselheiros do
Orçamento Participativo – muitos estão aqui hoje acompanhando este debate a
respeito desta Indicação, que não faz mais sentido nenhum, visto que a greve já
terminou, Ver. Mario –, também acho que a gente não precisa mais discutir, mas essa
discussão, sim, foi fundamental, é importante esta Câmara discutir a respeito
do transporte público. Hoje, esse projeto indicativo já não faz mais nenhum
sentido estar aqui, mas eu não poderia deixar de vir à tribuna para falar sobre
o Orçamento Participativo, a importância do Orçamento Participativo, dos
conselheiros que ontem, na reunião, não pediram apenas ar-condicionado nos
ônibus. O que a comunidade quer? Eles querem um transporte público de
qualidade, um transporte público também com ar-condicionado, só que com outras
coisas também. E uma das questões que foram levantadas ontem na reunião do OP é
a respeito das isenções. E quem melhor para saber das isenções do que quem está
lá no ponto de ônibus, vendo o que acontece no ponto de ônibus? E, agora, a
partir do OP, a comunidade vai poder debater; vão trazer para dentro da nossa
Audiência Pública o tema – sim, o Prefeito vai realizar uma Audiência Pública,
a gente já tem hora e data marcada para acontecer –, para saber como vai se dar
a questão do transporte público. O que vai ter nos ônibus? E não é só o
ar-condicionado, a gente tem que debater uma porção de outras questões. E deixo
aqui também a questão das isenções. Agora, num momento muito breve, não tem
como a gente fazer uma análise superficial sobre se as isenções são boas,
ruins, se a idade é boa ou não. Nós temos que fazer uma análise mais profunda a
respeito das isenções, porque todo mundo sabe aqui – a gente não pode ser
hipócrita, muito menos nesta Casa, e usar este microfone para falar coisas que
não são verdade: não existe almoço de graça. Muito obrigada, muito boa tarde.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, eu quero aqui, para que fique registrado nos Anais, que
a posição do Partido dos Trabalhadores é totalmente a favor de o tema ser
debatido não só no OP, como em toda Cidade. Esta é a nossa posição oficial.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Está registrado.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; de nossa parte,
ninguém vai ouvir que é incorreto levar ao Orçamento Participativo. Ao
contrário, eu estava muito interessada em ouvir, porque ontem não foi possível
acompanhar a reunião. Eu já tinha uma reunião com as monitoras, que virão,
inclusive, falar com esta Casa, e eu já gostaria de ter notícias do debate
realizado lá. Estava ouvindo com atenção a Ver.ª Any Ortiz e me espantei,
porque ela chama atenção das isenções. Eu tenho certeza absoluta de que este
não foi o ponto central do Orçamento Participativo. Tenho certeza absoluta de
que os Conselheiros do Orçamento Participativo, Ver.ª Lourdes, trarão os
imensos problemas que precisam ser ajustados na licitação. Os conselheiros da
Zona Sul, por exemplo, sabem que o Instituto Federal Restinga tem uma enorme
evasão, porque não tem uma adequação ao sistema de transporte, que os vários
empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida estão sofrendo, sobremaneira, porque
o transporte não acompanhou, que Belém, Ponta Grossa, Lami, historicamente, são
penalizados por um sistema deficitário. É muito importante; nós apoiamos uma
escuta verdadeira do Orçamento Participativo, uma escuta respeitosa e que
absorva as demandas da população das regiões, porque a esperança na licitação é
a esperança de que termine a superlotação, termine a espera de uma hora por
ônibus, que termine o sacrifício de ficar uma hora, uma hora e meia em pé,
mulheres, crianças, pessoas que trabalharam na área de vendas o dia inteiro em
pé. Isso precisa terminar! Eu sei que o conselheiro da Lomba do Pinheiro vai
falar dos inúmeros problemas, do Bom Sucesso, de todos os ônibus, pois são
dramáticas as situações vividas por eles, incluindo o ar-condicionado, mas não
é só isso. Nós andamos na Lomba e vimos o que é o pó, o calorão, porque também
não tem a prioridade de asfaltar ruas por onde passam os ônibus nas comunidades
da Lomba do Pinheiro.
Então, nós achamos muito importante que esse
desencadear, através do Orçamento Participativo, mesmo pequeno, tenha o retorno
para as comunidades e incida sobre essa licitação. Nós temos que adequar
tabelas que são de 20 anos atrás. Nenhum ônibus cumpre tabela na hora do pico!
Não acredito que para a licitação vão as mesmas tabelas, porque é fingir que
atende à população. As tabelas têm que ser reais, elas têm que prever a viagem
do tamanho que é. Está previsto, na tabela, que a viagem é em 30, 40 minutos,
que o ônibus sai daqui e vai chegar lá. E não chega, porque não considera os
problemas de trânsito que estão na cidade de Porto Alegre. Portanto, já atrasa
a segunda tabela, a terceira tabela, e ninguém cumpre horário! Como será
corrigido isso? Na licitação.
Então o nosso empenho será, a partir de amanhã à
tarde, quando o Cappellari vier aqui; a partir da semana que vem, eu lamento
que as duas audiências públicas sejam no dia 27, um pouquinho antes do carnaval
e um pouquinho antes da licitação ir para a rua. Não é discutir, de fato, com a
sociedade, e como vai alterar a licitação em dois ou três dias? Acho que tem
que antecipar a audiência pública, Ver. Mario, tem que escutar um pouco antes.
O Ver. Mario é da Zona Sul, como o Ver. Comassetto, e sabem do drama do
atendimento do ônibus na Zona Sul! A STS é a empresa mais questionada.
Então, Senhores, nós estamos aqui encaminhando o
Requerimento do Ver. Pedro Ruas que pediu o adiamento; lembrem-se! A autoria do
encaminhamento é do Ver. Pedro Ruas, que entendeu que nós não devíamos votar,
devíamos adiar. Talvez o adiamento seja necessário. Adiamento do quê, para a
população entender? Da Indicação ao Prefeito do passe livre. Por quê? Porque a
greve foi suspensa, vai aguardar o julgamento no Judiciário dia 17. Eu não sei
como a categoria vai se comportar a partir do dia 17. O Prefeito tem que usar
os instrumentos que tem para não penalizar mais a população. A Bancada do PT e
as Bancadas de oposição entendiam que o Prefeito devia ter decretado passe
livre. Eu vou repetir: as Bancadas do PT, do PSOL e do PCdoB – eu estou falando
aqui na oposição – entendiam que desde o início, quando os rodoviários disseram
que levariam se fosse catraca livre, seria uma atitude forte, corajosa, que nós
respaldaríamos do Prefeito da cidade de Porto Alegre. Por que respaldaríamos?
Porque a ATP deve muito por tudo que está apontado pelo Tribunal de Contas.
Portanto, a Prefeitura, num encontro de contas, ia argumentar isso, não ia
ficar com uma imensa dívida. Mais: a Prefeitura tem jogo com os passes livres
pagos já, incorporados na planilha. São 10 passes livres no ano; nós tivemos um
este ano, o da Nossa Senhora dos Navegantes. Se isso já está pago, está
incorporado, por que não foi usado para não penalizar a população de Porto
Alegre?
Então, nós propusemos Indicação; entramos na
Justiça, a Justiça disse que o passe livre tinha que ser decidido pelo
Prefeito. Isso não é pegar carona, Ver. Cecchim; é tentar fazer alguma coisa
diante da crise. A oposição tentou fazer o tempo inteiro. O que a gente não vai
deixar de dizer é que o Tribunal de Contas está dizendo: o controle da
bilhetagem eletrônica tem que vir para a Prefeitura. Foi decisão do Tribunal de
Contas. E quem é que tirou o controle da bilhetagem eletrônica da Prefeitura?
Um decreto do Prefeito Fogaça em 2009 passou para a ATP. Isto é decisão de quinta-feira
passada. E nós queremos ver – tem um prazo ali definido pelo Tribunal de Contas
– indicado na licitação que a Prefeitura vai controlar a bilhetagem eletrônica,
inclusive para ver se é verdade esse negócio de tantas isenções, porque quem
controla os dados hoje é a ATP. Eu não sei se é verdade esse número de segunda
passagem gratuita, eu não sei se é verdade esse IPK, nem eu, nem a Prefeitura,
nem o cidadão, e esse controle tem que voltar para a Prefeitura. Portanto,
indicar o passe livre, agora, não tem necessidade, mas a nossa discussão tem
que dizer ao Prefeito: “Nós te respaldamos”. Essa atitude teria encurtado a
greve e não penalizado a população.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas, pelo
Governo.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, colegas da Guarda Municipal, colegas
funcionários desta Casa, senhores e senhoras que nos ouvem aqui, nesta Câmara,
especialmente os Srs. Conselheiros Tutelares que se encontram aqui, vários
Conselheiros que têm feito um trabalho muito dignificante em torno da sociedade
porto-alegrense. Neste ano, o Orçamento Participativo comemora 25 anos, e 2013
bateu o recorde em várias instâncias, em vários locais de nossa Cidade, e eu
fui em todos, mas lembro-me da Zona Sul, em Ipanema, que lotou; quase duas mil
pessoas estavam lá para levar as suas demandas e para votar quais seriam as
melhores demandas de Porto Alegre. No debate da eleição passada, colocava-se
muito que o Prefeito Fortunati iria extinguir o Orçamento Participativo, e, ao
contrário do que diziam, o Orçamento Participativo foi reforçado; houve uma
participação ferrenha de suas comunidades. E agora, nada mais claro, nada mais
justo do que repassar algumas demandas para que o povo decida, para que o povo
que anda de ônibus decida o que quer para o transporte de Porto Alegre. É
claro, senhores, que temos que trazer demandas, oferecer situações ao nosso
Governo, ao Governo Fortunati, ao Governo de Porto Alegre, ao Governo de todos
os cidadãos de Porto Alegre. Temos, sim, que trazer opiniões, e nada mais justo
do que trazer para dentro do que representam as comunidades, do que representa
cada um dos seus bairros, que é o Orçamento Participativo, muito comemorado
pelo PT em outras épocas – mas eu gostaria que fosse comemorado agora. Essa
situação do Fortunati estar reforçando uma criação do Partido dos Trabalhadores
é uma situação digna de quem quer reforçar uma participação popular.
Então, senhores, é importante isso. E quando se vem
aqui dizer que se quer uma solução, se quer licitação, está aí: vamos fazer a
licitação! O choro era fazer licitação, depois de 150 anos, tem gente que diz
que é de 20 anos, que é de 1988 ou de 1989, mas eu já digo que é de 150 anos,
de 1864, quando foi estabelecido o primeiro transporte público de Porto Alegre
– 1864! E hoje o Fortunati está abrindo a licitação. Ah, não querem? Mas
queriam! Ah, querem ter problema? Está aberta a licitação, com discussão direta
com a comunidade. Tem que ter isenção? Vamos debater com a comunidade. Vamos
debater com o resto dos Municípios que a isenção para idosos seja a partir de
65 anos. Mas não é isso que queremos. Eu acho até que é justo, porque já foi
ganho. Vamos discutir que os Correios recebam da Dilma uma valoração para pagar
os ônibus, porque os Correios também têm isenção. A Brigada
Militar do Estado, do Sr. Tarso, também tem isenção. Não sabem? Tem! Hoje não
sei mais como é que é, no meu tempo, subia atrás, descia na frente. O Correio,
da Dona Dilma, tem isenção. Vamos discutir isso.
Os coitados da
Brigada estão ganhando muito pouco para fazer segurança pública, para levar
pedrada, para perder o olho, para estar em coma, como o soldado no caso do
Tatu-Bola.
Hoje me perguntaram
por que estou de luto, por que estou usando esta tarja. Estou de luto pelo
cinegrafista Santiago. É uma simbologia. Ele estava lá exercendo o seu
trabalho. É trabalhador! Não me digam que cinegrafista não é trabalhador. É
trabalhador! Estava trabalhando quando foi atingido pelo rojão.
Eu fui para uma
manifestação, com muita honra; encontrei a Fernandinha, lá. Eu estava alegre
por estar com meus filhos, que participavam, com bandeiras, por mais educação,
mais segurança. Mas eu não estou lá para arriscar tomar um rojão no olho, na
cabeça. Isso é manifestação democrática? Acho que não!
Então, para
a Brigada Militar, que hoje está tomando pedradas e tem essa isenção, que se
pague mais, que se pague melhor, que se dê esse passe e que não levem para
dentro das isenções do transporte coletivo. E que se pague melhor os carteiros,
que se pague passe, para que não se leve para dentro das isenções do transporte
público. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação
nominal, solicitada pelos Vereadores Mario Fraga e Paulo Brum, o Requerimento
de autoria do Ver. Pedro Ruas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 05 votos SIM, 16 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
(A Ver.ª Fernanda Melchionna manifesta-se fora do
microfone.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Agora já apregoei. Depois nós colocamos. Fica
registrado, Vereadora.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 003/14 – (Proc. nº 0302/14 – Ver. Engº Comassetto e outros) – ao Sr. Prefeito Municipal, que seja decretado, imediatamente, passe livre geral, enquanto durar o impasse da greve dos rodoviários.
Observação:
- encaminharam a matéria
os Vereadores Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Bernardino
Vendruscolo, João Derly, Sofia Cavedon, Reginaldo Pujol, Márcio Bins Ely,
Tarciso Flecha Negra, Pedro Ruas e Mario Fraga, em 10-02-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação a Indicação nº 003/14. (Pausa.)
O SR. ENGº
COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, eu queria que o senhor
verificasse, porque eu acho que há um equívoco, porque esse tema nunca foi para
debate. O que foi discutido outro dia é se nós apreciaríamos ou não o
Requerimento, no primeiro dia; aí venceu não apreciar naquele dia o
Requerimento. Foi esse o debate que foi feito no primeiro dia.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não é o que tem aqui, Vereador.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Desculpe, eu gostaria que V. Exa. pudesse dirimir essa dúvida. E até
consulto os demais colegas, mas pelo menos lembro que foi esse o debate que
fizemos.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Consulto a Diretoria Legislativa. (Pausa.)
Enquanto isto eu quero lembrar aos Senhores Vereadores que amanhã, em
comparecimento, teremos os técnicos do Tribunal de Contas do Estado, que irão
fazer todos os esclarecimentos que os Vereadores julgarem necessários em
relação à tarifa do transporte público de Porto Alegre, bem como o relatório do
Tribunal de Contas do Estado. É importante a presença de todos para que
possamos nos aprofundar ainda mais nesse tema. Agradeço, de antemão, ao
Tribunal de Contas disponibilizar seus técnicos aqui conosco.
Ver. Comassetto, a Diretoria Legislativa verificou
os apanhados taquigráficos e constatou que já estava sendo encaminhada a
votação da Indicação, foi quando o Ver. Pedro Ruas fez o Requerimento. É o que
dizem as notas. (Manifestação fora do microfone. Inaudível.) V. Exa. pode não
aceitar, mas é a informação.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Desculpe, Sr. Presidente, eu gostaria que V. Exa. chamasse os Líderes
para dialogar com a Presidência, por favor.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, não é preciso.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Não, porque não é só o meu entendimento, é de um conjunto de Líderes.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Foram apanhadas as notas taquigráficas, a
Diretoria Legislativa está nos informando. Pelo menos esta Presidência não tem
nenhuma dúvida.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, só para auxiliar: numa tarde, nós discutimos o
adiamento ou não; e na outra, nós começamos discutindo o Requerimento.
Portanto, da minha visão, está correta a posição da Mesa.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Por gentileza,
eu não gostaria de dar apartes, porque a Mesa já decidiu que nós vamos
continuar o processo.
O SR. MARIO FRAGA: Eu ia fazer um apelo,
é mais uma Questão de Ordem, já que nós discutimos quase duas horas aqui: que o
Ver. Engº Comassetto e a sua Bancada retirassem este Requerimento, porque já
está claro que os Vereadores não o querem.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, não
é Questão de Ordem, só cabe à Bancada do PT, como autora.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Por gentileza,
eu não vou dar a palavra em relação ao tema. Volto a repetir quais Vereadores
já encaminharam a matéria: Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Idenir
Cecchim, Bernardino Vendruscolo, João Derly, Sofia Cavedon, Reginaldo Pujol,
Márcio Bins Ely, Tarciso Flecha Negra, Pedro Ruas e Mario Fraga.
O SR. ENGº COMASSETTO: Nós estávamos aqui
dirimindo a dúvida: se tinha sido encaminhado ou não. Primeiro, eu tinha pedido
para fazer o encaminhamento da matéria. Eu gostaria que o senhor dissesse se
nós temos direito ainda de encaminhar ou não.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia
Cavedon encaminhou a matéria ...
O SR. ENGº COMASSETTO: Como autora.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): E o Ver.
Alberto Kopittke pela Bancada do PT.
O SR. ENGº COMASSETTO: E pela oposição?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Pedro
Ruas encaminhou pela oposição e a Ver.ª Fernanda pelo PSOL.
O SR. ENGº COMASSETTO (Requerimento): Então como
autor, solicito a retirada de tramitação da Indicação nº 003/14.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Márcio Bins Ely, o Requerimento do Ver. Engº
Comassetto. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM e 03 ABSTENÇÔES.
O SR. MARIO
FRAGA (Requerimento): Solicito a inversão da ordem de votação, para,
imediatamente, ser votado o PLL nº 065/05, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento do Ver. Mario Fraga.
(Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam como estão. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1411/05 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 065/05,
de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor Carlos Eduardo Vieira da Cunha.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 19-12-13 por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o
PLL nº 065/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL
nº 065/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 006/14 – (Proc. nº 0331/14 – Mesa
Diretora) – indicação da Verª Lourdes Sprenger e da Verª Séfora Mota para ocuparem,
respectivamente, as funções de Presidente e Vice-Presidente da Escola do
Legislativo Julieta Battistioli, pelo prazo de um ano.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento
nº 006/14 com a indicação das Vereadoras Lourdes Sprenger e Séfora Mota para ocuparem,
respectivamente, as funções de Presidente e Vice-Presidente da Escola do
Legislativo Julieta Battistioli pelo prazo de um ano. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Parabenizo, de
antemão, a Ver.ª Lourdes Sprenger e a Ver.ª Séfora Mota pela indicação e
declaro-as empossadas pela Diretoria do Legislativo. (Palmas.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05
minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1917/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 208/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que
institui o Programa de Adoção de Viadutos. Com
Emendas nos 01 a 04.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Nereu D'Avila: pela
aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 a 04.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 23-09-13.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº
208/13. (Pausa.)
Apregoo Requerimento de autoria da Ver.ª Any Ortiz,
que solicita o adiamento da discussão do PLL nº 208/13, por uma Sessão.
Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Any
Ortiz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 002/14 – (Proc. nº 0186/14 – Ver.
Alberto Kopittke) – requer Moção de Apoio à campanha “Asilo no Brasil
para Edward Snowden”.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o
Requerimento nº 002/14. (Pausa.)
O SR. ENGº COMASSETTO (Requerimento): Sr.
Presidente, em nome da nossa Bancada e do autor deste Requerimento, Ver.
Alberto Kopittke, que teve que se ausentar em razão de um problema de saúde,
requeremos o adiamento da votação do Requerimento nº 002/14, por duas Sessões.
Em votação o Requerimento de autoria da bancada do
Partido dos Trabalhadores e do Ver. Alberto Kopittke. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2416/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 031/13, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede o Diploma
Honra ao Mérito ao Jornal da Noite.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 20-11-13.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PR nº
031/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0899/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 073/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton,
que inclui a efeméride Dia da Afirmação Negra no Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 14 de março,
e institui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, a Comenda Abdias do
Nascimento. Com Emendas nos 01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01 e 02;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto e
das Emendas nos
01 e 02;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Luiza Neves: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nos 01 e 02.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 05-02-14.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº
073/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01 ao PLL
nº 073/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 073/13.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº 073/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia – às 15h59min): Encerrada a Ordem do Dia.
Apregoo Termo de Indicação de Líder e Vice-Líder (Lê.): ”Comunicamos que, a partir do dia 12 de fevereiro de 2014, a liderança da Bancada do PDT constituir-se-á nos seguintes termos: Líder, Ver. Márcio Bins Ely; Vice-Líder, Ver. Mario Fraga; Vice-Líder; Ver. Nereu D’Avila. Sala das Sessões, 12 de fevereiro de 2014. Ver. Márcio Bins Ely.”
O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. NEREU
D’AVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; eu fico, às vezes,
observando os oradores da tribuna, algumas inconsequências ditas da tribuna
para não dizer coisa pior, incongruências e outras tantas. E fico pasmo quando,
às vezes, a Câmara esquece, se omite, ou faz que esquece, assuntos da mais alta
relevância.
No Brasil, hoje, não tem assunto mais importante do
que a morte de um jornalista da TV Bandeirantes. Não tem nenhum outro assunto
mais importante! E aqui se discute tudo: elogios, congratulações, rememorações
e coisa e tal. Imaginem se fosse o contrário: se fosse a polícia matando um
desses encapuzados, covardes, meliantes que saem às ruas. Pagos! O Brasil hoje
viu estarrecido o advogado dos dois assassinos do jornalista dizer que eles não
estavam lá graciosamente, gratuitamente; foram pagos para ir lá! Por quem? Não
sei! Até Deputados foram envolvidos em telefonemas reproduzidos pela televisão.
Eu sou advogado, já fiz júri, conheço, mas não vou
adentrar às circunstâncias já que, por enquanto, não há provas. Agora, é
estranho! O advogado, que está sempre junto ali, foi, inclusive, buscar um dos
assassinos – eu digo assassino porque o delegado disse que está comprovado
material, técnica e até visualmente. Então, não há dúvida sobre a autoria. O
primeiro preso disse que passou a bomba para o segundo; o segundo, hoje, à rede
Globo, disse que, sim, que recebeu. Agora, convenhamos, são uns pobres diabos,
esses rapazes, pelo menos o presumível assassino. É da Baixada Fluminense,
exerce um cargo de auxiliar numa empresa e mora com a mãe. Mas o fato mais
importante, o que me chamou atenção, é o advogado, com a responsabilidade que
tem na OAB e perante seus pares, dizer que eles não estavam lá aleatoriamente,
que são pagos. Pagos por quem? O advogado disse: “É um miserável!” Convenhamos:
realmente, foi uma monstruosidade matar um trabalhador, que estava trabalhando
com a sua câmera, reconhecido pela família, pela esposa, que deu um depoimento
emocionante, e pelos colegas, que lhe fizeram uma homenagem nacional. Esse
cinegrafista não era um qualquer, era um trabalhador privilegiado na sua
profissão porque foi reconhecido por todos os seus pares, assassinado no seu trabalho. O Brasil está de
luto, e todas as tribunas deste País deveriam estar lamentando a morte para se
fazer justiça. Infelizmente, estourou o assassinato em pessoas frágeis. Tudo
bem, ninguém está aqui para defender o rapaz que cometeu essa monstruosidade.
Agora, dá para ver que o advogado tem razão. Aquele
miserável que foi preso lá na Bahia, a pedido da namorada, realmente estava de
graça naquela manifestação. E quantos outros estarão de graça? De graça, que eu
quero dizer, no sentido de ser mobilizado. A televisão escancarou hoje que são
buscados, são estimulados, e o advogado falou que são pagos para irem a essas
manifestações. E acabam matando não só um inocente, mas um trabalhador, um
chefe de família, um cidadão produtivo; morto fria e covardemente por uma mão
que, possivelmente, tem gente atrás, sacudindo essa mão.
Eu creio que, pela gravidade da situação que deixou
perplexa a Nação brasileira, há de se buscar todos os fatos e quem está por
trás disso, porque a máscara – esses dois até não estavam mascarados – ajuda na
não identificação. O fato foi acima do assassinato, que a Nação chora junto com
a esposa; nós todos choramos – o Ver. Delegado Cleiton se referiu aqui com
muita propriedade – pela irresponsabilidade. Então, se sai para fazer uma
passeata que se presume seja pacífica, seja em função do que todos nós
queremos: passagem mais barata, transporte mais qualificado, tudo de melhor
para o País – isso, desde junho, nós todos queremos –, e aí uma parcela mínima
põe máscara, uma parcela mínima depreda e certas autoridades se omitem, dizem
que os policiais militares não estão aí para... Estão aí para dar segurança
para a população? Sim. Mas também a Constituição diz que é para proteger o
patrimônio e para proteger as vidas! Aí vem um cidadão irresponsável, que vai
pagar – esses jovens estão com a vida perdida, esses dois jovens, porque vão
ser condenados, as provas são exuberantes, e eles vão ser condenados.
Eu vim à tribuna não só para levantar que toda a
Nação hoje deveria estar com a voz ululante pela barbaridade de um trabalhador
morto friamente, covardemente, mas o principal é que a mão assassina tinha mãos
invisíveis por trás. Eu quero, e acho que esta Câmara também quer porque esta
Câmara é muito digna, é muito ciosa, é muito responsável, em nome de Porto
Alegre, que é uma cidade batalhadora, uma cidade lutadora, saber quem foi que
fez, que procedeu por trás desses dois jovens, qual mão estava por trás desse
brutal assassinato. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; a par do assunto que
eu trarei, eu gostaria, Ver. Nereu, pela sua intervenção aqui nesta tribuna, de
dizer o pensamento que eu tenho desenvolvido: o mundo, e nós somos parte do
mundo, vive o limite de uma sociedade que não tem resposta às mazelas, às
desgraças e ao caos que ela mesma criou pela sua essência. Eu tenho refletido
muito, esse limite é perigoso, nós temos que ir a fundo nessa questão. Numa
sociedade de classe, de consumismo surgem – junto com pessoas bem-intencionadas
que vão, umas organizadamente, outras se organizando, às ruas, para buscar
avanços, isso é um direito – grupos fascistas, mercenários, geradores do caos,
geradores de atos de barbárie. Sem dúvida, as mortes que estão acontecendo,
acho que a do cinegrafista é um símbolo, é algo que deve merecer todo o nosso
repúdio e o nosso sentimento, mas eu acho que nós temos que aprofundar muito
essa discussão. Nós estamos no limite de uma estrutura de sociedade que não
responde às mazelas que ela mesma criou. Nós, no Brasil, temos que ter muito
cuidado, para impedir que os avanços que a sociedade organizada conquistou não
tenham retrocesso por aqueles que querem o retrocesso e que, muitas vezes, quem
sabe, fazem questão que esses grupos fascistas, que esses grupos assassinos
estejam nas ruas para gerar um sistema de caos e não deixar o Brasil avançar.
Eu acho que nós temos que fazer reflexões muito profundas, muito profundas.
Eu vim a esta tribuna, porque é aquilo que eu dizia
em relação ao transporte: a cidade cenográfica terminou. A crise do transporte
ainda não está resolvida, vai depender do dissídio dos trabalhadores, inclusive
estão em estado de greve, é a orientação da assembleia dos trabalhadores, acho
que voltaram ao trabalho, mas em estado de greve à espera desse dissídio. É uma
disputa entre o capital e o trabalho, creio que a gente tem que fazer de tudo,
Ver. Cleiton, para que saia a bom termo, em defesa dos trabalhadores e do povo
de Porto Alegre. E, também, da audiência pública que vai haver nesta Casa, para
discutirmos – a população, o OP, enfim, todos – a licitação, que, na forma
proposta do Executivo, naturalmente, não vai ser aceita, porque aí entra a
questão do conforto dos trabalhadores, o conforto de quem usa o transporte
coletivo e a saúde dos rodoviários.
Mas eu venho a esta tribuna para trazer uma questão
que também mostra um outro lado do caos que nós estamos vivendo; um outro lado,
a perspectiva de que nós temos que ter uma gestão que esteja mais atenta, que
aprofunda e resolva questões estratégicas, é a Saúde, Ver.ª Sofia. A Saúde está
doente na cidade de Porto Alegre. Eu sou membro da Comissão de Saúde, sou
profissional da Saúde; no ano passado, tivemos todo um trabalho liderado pelo
Ver. Paulinho, a quem sempre agradeço a confiança, e nós vamos dar continuidade
– não é, Ver. Paulinho? –, agora, com o Ver. Dr. Thiago, na construção do
Seminário “Saúde, um bem que se quer”, analisando essas questões e levando
propostas concretas. Na realidade, a Rede Municipal de Saúde está doente. A
porta de entrada praticamente não existe como a porta estratégica e necessária
para que possamos trabalhar com a saúde e não com a doença. A atenção primária
está com descaso e nós temos que apontar e buscar soluções. A falta de
investimentos prejudica o atendimento à população; a cada dia se transferem mais
responsabilidades que são públicas para o setor de terceirização, o que é um
perigo para a saúde, porque ela não é mercadoria, a saúde é um direito de
cidadania, e um direito de Estado. A demanda aumenta, os serviços estão sendo
fechados, diminui o quadro dos servidores, não está sendo feita a nomeação de
servidores aprovados em concursos, não estão sendo realizadas as novas seleções
que precisam, pois estão aumentando as demandas na cidade de Porto Alegre. E há
coisas, como regulação e regionalização, que têm que ser feitas nesse conjunto
que eu vivo dizendo, numa visão republicana de União, Estado e Município. E
parece que, às vezes, não há possibilidade de as conversas serem feitas, não há
decisão política. Entre os graves exemplos, nós podemos citar o Hospital
Presidente Vargas, onde inúmeros leitos estão fechados por falta de servidores.
Isso coloca em risco o atendimento na UTI pediátrica e na emergência
pediátrica, que são referências no Estado, referência construída pelos
trabalhadores da área da Saúde. Junto com isso, há um problema seriíssimo no
Hospital de Pronto Socorro: a extinção da emergência clínica, da UTI
cardioclínica, da enfermaria de clínica, da unidade de traumas em face, do
serviço social. Os servidores estiveram aqui e nós estamos muito preocupados.
Também estamos preocupados com a redução e com a retirada da insalubridade.
Servidores trabalhando no mesmo lugar e ganhando insalubridade diferenciada;
precárias condições de trabalho; o problema do assédio moral.
Agora, eu quero agradecer da tribuna, porque o que
é certo precisa ser agradecido, foi sancionado o nosso projeto de assédio
moral. O Vice-Prefeito me ligou dizendo da sanção, o que vai ajudar muito nesse
sentido, porque tipificamos o assédio e vai ter que ter punição. Isso, no mundo
do trabalho, é fator de adoecimento dos trabalhadores.
Ou seja, amanhã tem uma assembleia lá no Simpa dos
trabalhadores da Saúde. E nós estamos com uma agenda importante na Comissão de
Saúde; nós vamos ao Hospital de Pronto Socorro, nós vamos ter uma audiência
pública no dia 17; vamos ao Hospital Presidente Vargas e já estamos
encaminhando o seminário no dia 27 de março tratando – a Comissão de Saúde com
os agentes de Saúde, União, Estado e Município com a população –, sob o ponto
de vista da Gestão Pública de Saúde no Município de Porto Alegre. É uma forma
que a Câmara Municipal tem o dever de organizar. Agora, repito, a Saúde está
doente, está em crise e nós teremos dias de lutas dos trabalhadores em Saúde
para a garantia dos seus direitos e da saúde do povo de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, vou falar hoje sobre
aquela lei que nós aprovamos aqui na Câmara, por unanimidade, em 2010. Ela foi
regulamentada em 2011, e criou o Fundo Municipal do Idoso na cidade de Porto
Alegre. A partir do momento que, em Brasília, se criou o Fundo Federal Nacional
do Idoso, por iniciativa do nosso Deputado Federal Beto Albuquerque, eu
apresentei aqui, para Porto Alegre, um projeto que criava e instituía na Cidade
e no Município o Fundo do Idoso, o primeiro Fundo Municipal do País, e nós,
aqui na Câmara, o aprovamos.
E os fundos, como o do Idoso, o da Criança, entre
outros, são viabilizados com a possibilidade de as empresas – pessoas jurídicas
– doarem aos fundos até 1% do imposto devido, e as pessoas físicas até 6% do
imposto devido. É importante dizer isso, porque, na verdade, não há acréscimo
de contribuição do cidadão ou da empresa. Se a empresa deve dez, ela vai dizer
que um vai para um fundo. Para se ter uma ideia, para financiar, para ter
direito a esse financiamento, as instituições têm que apresentar projetos e têm
que estar cadastradas no fundo. Aqui em Porto Alegre, senhoras e senhores, em
2011, no primeiro ano, o fundo arrecadou R$ 6.900,00; em 2012, a partir da
existência do fundo, o Fundo do Idoso, em Porto Alegre, arrecadou R$
5.950.000,00; e, em 2013, daqueles R$ 6.900,00 de 2011, com a existência do
fundo, entrou no cofre do nosso fundo de Porto Alegre R$ 16.800.000,00! Passou
de R$ 6 mil para R$ 16 milhões, pela existência, em Porto Alegre, do fundo.
Quem se habilitou, em Porto Alegre, foram apenas duas grandes instituições,
pelo crédito que têm perante a sociedade, que são o Asilo Padre Cacique e a
SMAM. Muito bem, pelo trabalho, pela consolidação, com certeza mereceram. O que
nós precisamos fazer agora, em nível de ação pública? Divulgar insistentemente,
levar informações ao cidadão, à cidadã, às pessoas jurídicas da possibilidade
dessa destinação de recursos e da existência desse fundo, porque, se tu não
tens agregado nenhum custo para doar para o Fundo da Criança, do Idoso e
outros, basta que o cidadão, a cidadã e as empresas saibam que existem esses
fundos para doação.
Muito bem, até para concluir, como não tem um
estudo muito correto desses valores existem algumas estimativas, Ver.ª Any
Ortiz. A estimativa que se tem para o País é de que, potencialmente, poder-se-iam
aplicar em fundos nada mais, nada menos do que R$ 2,3 bilhões para os
diferentes fundos que existem, que os Municípios precisam instituir e ainda não
instituíram. Neste ano de 2013, foram doados R$ 100 milhões para o País
inteiro. Em Porto Alegre, para o nosso fundo, R$ 16,9 milhões. O que queremos
dizer com isso? A partir do momento em que houver uma forte campanha no sentido
de dizer... E agora estamos chegando ao momento da declaração do imposto de
renda. Eu fui fiscal da Receita, sei que, no próprio modelo de software da Receita, quando se faz a
declaração, automaticamente tu destinas, e o formulário da declaração
automaticamente calcula. Portanto, os resultados dessa nossa lei, pioneira no
País, aprovados pela Câmara, repito: a primeira do País, chegou de R$ 6 mil,
Ver. Tarciso, para R$ 16 milhões – idoso! E nós temos também o Fundo da
Criança, que também chegou a R$ 10 milhões, quase 11 R$ milhões. Portanto, essa
divulgação da existência do Fundo do Idoso, do Fundo da Criança é essencial
para que mais cidadãos e mais empresas destinem recursos para esses fundos e
que as entidades que tratam da criança e do idoso preparem, elaborem bons
projetos e se cadastrem nos fundos para receber os recursos porque existem no
nosso Fundo Municipal. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. ANY
ORTIZ: Boa-tarde,
eu venho à tribuna para falar sobre um problema muito grave que afeta não só a
cidade de Porto Alegre, mas algumas cidades do Rio Grande do Sul, da Região
Metropolitana, e para fazer uma proposta à Câmara de Vereadores. Como uma das
nossas funções é fiscalizar, e não só o Executivo Municipal, mas fiscalizar
qualquer tipo de serviço que afete a vida dos cidadãos de Porto Alegre, eu
sugiro que a Câmara de Vereadores seja também um canal de interlocução entre o
cidadão e o Procon junto à CEEE.
Nós estamos vendo, dentro do Município de Porto Alegre, uma
constante falta de luz. Ontem, quem pôde circular pelas ruas de Porto Alegre
viu sinaleiras de importantes cruzamentos sem funcionar, podendo provocar
graves acidentes, além do imenso problema e do imenso mal que causam a cada um
dos cidadãos. Sem falar que, com o corte da energia em muitos bairros, a gente
também vê a falta de água, que era um dos assuntos que eu conversa antes com a
Ver.ª Fernanda Melchionna: o problema da falta de água na Cidade, que é em
decorrência, muitas vezes, da falta de luz, pois as bombas não conseguem
funcionar.
O que precisamos buscar são esclarecimentos para
os usuários, que não têm acesso a informações claras por parte da CEEE. Não é
possível aceitar de uma forma passiva as respostas que são passadas pela CEEE.
Sei disso porque recebo, no meu gabinete, inúmeras reclamações e telefonemas de
pessoas que não sabem mais o que fazer diante da falta de luz que dura um,
dois, três, quatro dias, na melhor das hipóteses. Recebem uma resposta
padronizada, que a pessoa terá atendimento no prazo de três horas ou, então,
depois de muito tempo de espera, quando conseguem falar com uma das atendentes
– pode ser até de madrugada, como uma pessoa relatou no gabinete –, dizem que a
energia foi desligada para a poda de árvores na rua. De madrugada! Poda de
árvores, de madrugada, na rua!
E mais: temos recebido, também, informações
oficiais de que o corte no abastecimento de energia se deve exclusivamente a
chuvas ou temporais. Colegas Vereadores, todos sabem que no período do Natal e
do Reveillon tivemos bairros da Cidade e cidades da Região Metropolitana por
muito tempo sem luz. E eu não sei de nenhum lugar que teve qualquer quantidade
de chuva ou temporal nesse período.
Na semana passada mesmo, quando não tínhamos
nenhuma previsão de chuva, tínhamos bairros sem luz – vou citar um bairro só, o
Rio Branco, onde houve falta de energia das 21h até a manhã seguinte.
A falta de energia é constante. Embora a CEEE
atue no âmbito estadual, a Câmara de Vereadores tem o dever de exercer o seu
papel fiscalizador, porque os danos causados aos consumidores têm sido
alarmantes e consecutivos. Não podemos ficar parados diante dessa falta de
resposta clara aos consumidores. Vemos o fechamento temporário de vários
estabelecimentos comerciais e o recebimento de constantes reclamações de
moradores.
E eu divido com vocês, agora, uma reflexão: será
que a CEEE está desligando a energia dos bairros para fazer uma economia
necessária pela falta de investimentos?
Quero compartilhar com vocês este cartaz (Mostra
cartaz.) que vi ontem na frente de um estabelecimento comercial – era um
pequeno supermercado, e ele estava completamente fechado. Há quanto tempo eles estavam sem luz para estarem preparados com um
cartaz na porta, dizendo que só reabririam quando se restabelecesse a energia
elétrica? Nós sabemos que o Código de Defesa do Consumidor prevê a reposição
dos aparelhos que queimarem em consequência da queda de energia. E os
alimentos? E os alimentos que estão dentro das geladeiras das pessoas, que se
preparam, que fazem o rancho do mês? Acaba a luz e elas não têm onde buscar o
ressarcimento disso. O que diz o Código de Defesa do Consumidor em relação à
energia elétrica? As casas das pessoas, os estabelecimentos comerciais,
consequentemente, sofrem com a falta de luz e a falta de água nesse calor que
estamos enfrentando; um calor, nos últimos 70 anos, nunca visto na cidade de
Porto Alegre, e o cidadão segue pagando essa conta. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que aqui nos dão o prazer da
sua visita, prezada imprensa, o debate que se iniciou nos últimos dias, ou que
aflorou a respeito do transporte coletivo só terá um desfecho da primeira
etapa, quando tivermos um novo sistema de transporte público da cidade de Porto
Alegre constituído. E temos aqui debatido, sim, e feito um conjunto de
propostas, para que esta Casa enfrente o debate para auxiliar o Prefeito
Municipal a encontrar uma saída, mas uma saída para o transporte público que
beneficie prioritariamente a grande massa de pessoas que são transportadas
diariamente, que chegam a 1,5 milhão de pessoas. É esse o debate que temos que
fazer. E
aqui temos várias lideranças do Orçamento Participativo, quero cumprimentá-los;
e quero registrar que lá iniciou o debate ontem, um debate que nós sempre
defendemos e continuaremos defendendo, que tem que acontecer no Orçamento
Participativo, que tem que acontecer no Planejamento Participativo, que tem que
acontecer na UAMPA, que tem que acontecer nas associações de moradores, que tem
que acontecer aqui nesta Casa, para que surja uma proposta que seja uma
proposta da Cidade e da cidadania. E o primeiro ato que o Prefeito Municipal
tem que fazer é invalidar o decreto que o Prefeito Fogaça fez em 2005, quando
ele transferiu todo o caixa da bilhetagem eletrônica do controle da Prefeitura
para o controle da ATP. Aí está a essência do descaso e do desmando do
transporte público da Cidade de Porto Alegre. Esse decreto tem de ser analisado
pelo Conselho do Orçamento Participativo. E quero dizer mais: nós temos uma
tese de que esse decreto é irregular, que é fruto de improbidade
administrativa, porque o Prefeito não pode, por decreto, passar para um ente
que não tem a responsabilidade final do transporte, todo o recurso da
bilhetagem eletrônica. Então, prezado Ver. Bernardino, todas as empresas, todo
trabalhador que paga antecipadamente o passe Tri lá no dia 20, 25 de cada mês –
os senhores que estão aqui, trabalhadores da segurança, trabalhadores da Casa
–, isso cai antecipadamente numa conta de quem? Da ATP, a qual nós respeitamos,
que é uma entidade que cumpre o seu papel, mas não é função da ATP ser banco
que controla o dinheiro da população de Porto Alegre em relação ao transporte.
Então, quem tem que fazer essa gestão, no nosso
ponto de vista, é a Prefeitura, e o Tribunal de Contas já determinou isso.
Portanto, o primeiro ato que o Prefeito tem que fazer, e a comunidade tem que
exigir, é revogar o decreto do Fogaça, que, irregularmente, passou o dinheiro
para a ATP. Aí está o furo da bala. Aí é que o transporte começou a decair,
porque não é mais feito o cálculo das compensações das bacias. Por que diminuiu
o horário de ônibus em bairros mais distantes, com menos passageiros? Porque as
empresas só recebem pelo número de passageiros que transportam, não tem mais
aquela compensação em que a linha do Menino Deus, que é mais curta e transporta
mais, subsidia a do Lami. Então, nós temos que retomar a bacia de compensação.
Então, este debate é amplo; nós queremos sim
contribuir. E o contraditório cria a essência da melhor proposta. O subsídio
que nós votamos aqui nesta Casa, o subsídio que a Presidenta Dilma instituiu em
todo o território nacional sobre a folha de pagamento dos transportes diminuiu
a passagem em Porto Alegre? Não, não diminuiu. E a lei que nós votamos aqui,
que diminuiu 2,5% na passagem, em quanto baixou a passagem naquele momento?
Cinco centavos. Então, o senhor e a senhora calculem: 2,5% sobre R$ 2,85 quanto
vale? É 7 centavos e 12 avos, e não 5 centavos como baixou. Onde ficaram esses
2 centavos e 12 avos sobre 1,5 mil passagens/dia? Isso não dá para pagar o
ar-condicionado? Dá, dá para pagar o ar-condicionado.
Portanto, nós queremos primeiro ver essa planilha,
para depois pensarmos inclusive em tirar direitos, porque no nosso ponto de
vista o passe livre para os idosos, para os deficientes, o dia de passe livre
mensal para poder a família toda se locomover na Cidade – são direitos
adquiridos. Direito não se cassa, direito pode ser substituído por outro
melhor. Então, é esse o debate que precisamos fazer e estamos aqui, sim,
dispostos a contribuir, como já fizemos e já dissemos ao Prefeito Fortunati,
que é o líder dos Prefeitos das capitais, inclusive para acompanhá-lo junto
ao Governo Federal, que é o Governo do Partido dos Trabalhadores com os seus
aliados, que tem que ajudar a construir essas agendas aqui. Já dissemos que o
Governo do Estado tem que ajudar a buscar a integração metropolitana, porque é
inconcebível eu querer ir a Canoas, pegar um ônibus aqui e ter que pagar outro
em Canoas. Não, tem que haver um sistema integrado. Isso é gestão.
Portanto, nós, do Partido dos Trabalhadores,
queremos aqui fazer o debate junto com os colegas e ajudar o Prefeito a
encontrar a solução para a Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. WALDIR
CANAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu venho aqui primeiramente saudar o
nosso antecessor, o Ver. Airto Ferronato, que trouxe à baila o assunto que
trata do Fundo Municipal do Idoso. Lei importante, que tem sido muito bem
utilizada e levada para outros Estados, outros Municípios, porque é uma lei que
tem um alcance social muito grande. E, nós, aqui na Câmara de Vereadores fomos
importantes na criação do Fundo Municipal do Idoso; lá na Prefeitura, na
implementação e na regulamentação no Fundo Municipal do Idoso, o qual tem dado
condições de as entidades que realmente trabalham com a questão do idoso
apresentarem os seus projetos. E através da aprovação desses projetos pelo
Conselho do Idoso, pelas pessoas que fazem parte da avaliação dos processos,
eles são implementados. O desafio é fazer com que as entidades menores também
sejam alcançadas, que possam apresentar os seus projetos, que eles possam ser
aprovados, e também levar para as suas entidades, regulamentadas e
regularizadas, esse benefício da Cidade. Com certeza, a gestão desse Fundo tem
dado credibilidade para o aumento das contribuições, um aumento significativo
do volume. Claro, com o aumento significativo do volume de doações, também vem
a responsabilidade da gestão, da aplicação, da fiscalização e do emprego do
recurso. A Câmara de Vereadores também tem que ficar atenta a esta questão,
mas, por ora, nós temos que parabenizar, sim, o Conselho do Idoso, a Secretaria
dos Direitos Humanos, junto com a o idoso também, com a Secretaria de
Governança Local. Enfim, a Prefeitura, as entidades que fazem parte desse
trabalho, que, ao fim e ao cabo, visa, unicamente, a trazer qualidade de vida
para os nossos idosos. Eu entendo – para isso quero usar o microfone desta Casa
– que é preciso reivindicar e solicitar que o Fundo Municipal do Idoso venha
para a Secretaria dos Direitos Humanos, que é a Secretaria que deve gerir os
Fundo Municipal do Idoso, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso, que é
a instância deliberativa de aprovação. Hoje quem está gerindo é a Governança
local, mas com a criação da Secretaria dos Direitos Humanos, na qual o
Secretário Marcantônio tem feito um trabalho muito importante, eu acho que ali
– até para colocar as coisas em seus devidos lugares – é que deveria estar a
gestão do Fundo do Idoso.
O Prefeito Fortunati está de parabéns, através da
sua equipe. Aqui nós vemos a credibilidade. O Itaú-Unibanco ontem passou para o
Fundo do Idoso R$ 11 milhões. Isso é muito importante, é um avanço! É
importante para que a iniciativa privada, as empresas venham investir porque
está havendo um trabalho sério, que tem dado resultado, com a fiscalização de
todos, é claro, do Ministério Público, do Governo Municipal, da política
nacional dos idosos. Nós temos a Secretaria Nacional dos Idosos que tem um trabalho
muito importante em nível de Brasil. A Secretaria, que está ali com afinco,
precisa estar sempre atenta para que permaneça essa boa prestação de serviço.
Então venho aqui parabenizar também o Ver. Airto
Ferronato pelo seu discurso, pelo trabalho que realizou. Eu também estava junto
nessa oportunidade, na Comissão da CCJ para acompanhar a aprovação dessa Lei
importante. A Presidente do Conselho, a Maria Helena, tem feito um trabalho
excepcional à frente dessa entidade; todos os conselheiros do Conselho
Municipal do Idoso. Um grande abraço e vamos à luta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, eu queria pedir que V. Exa. pudesse
receber, depois da Sessão, junto com os outros Líderes que puderem participar,
os trabalhadores da Clinsul, que são terceirizados e atuam nos postos de saúde
da nossa Capital, no Hospital de Pronto Socorro, que até o dia de hoje, 12 de
fevereiro, estão sem receber salário, estão sem receber as férias, mostrando um
verdadeiro descaso com esses trabalhadores que cuidam da limpeza no HPS e nos
postos de saúde. Eu queria lhe pedir que recebesse esses trabalhadores para que
a gente possa apoiar a luta deles e também os líderes partidários que se somem
para que a gente possa apoiá-los.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Tão logo termine a Sessão, aqueles Vereadores que
estiverem interessados na matéria e disponibilidade poderão participar.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, eu gostaria de acompanhar o registro e ampliá-lo.
Ontem eu encaminhei ao Ver. Sebastião Melo, nosso Vice-Prefeito...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, nós vamos discutir isso...
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador, mas é importante...
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Já foi solicitado, nós vamos discutir com a
presença de todos os Vereadores.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Mas não é somente esse tema. A Cootrario está fazendo exatamente a mesma
coisa com 900 funcionárias de cozinha e limpeza das nossas escolas. Não pagou o salário, pelo menos até ontem não havia
pago, e não deu férias em janeiro. Nós estamos achando muito estranha essa exploração
de funcionários.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, então a senhora faça o registro, ele é
legítimo, mas não é esse o tema que nós estamos tratando neste momento.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, o que eu quero dizer é que a solicitação da
Ver.ª Fernanda foi a de tratar o tema levantado por ela; tão logo termine a
Sessão, enquanto que, em relação ao de V. Exa., foi feito o registro, mas esta
matéria não pode ser tratada agora, pelo menos foi o que entendi.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu quero até cumprimentar V. Exa.
pela celeridade com que conduz o trabalho, mantendo-o dentro daquilo que está
estabelecido. Em breve, nós vamos discutir esse assunto, mas, por enquanto, eu
gostaria que V. Exa. me assegurasse o tempo de liderança, pelos Democratas.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
a imprensa nacional registra, com a devida ênfase, ocorrências registradas no
Município do Rio de Janeiro, que tiveram um final altamente indesejado, na
medida em que um cinegrafista da Bandeirantes, atingido pelo foguete ou
artefato, acionado por um dos manifestantes que utilizaram desse instrumento,
não sei com que outra finalidade, acabou falecendo, o que tem gerado a maior
solidariedade da imprensa brasileira, Ver. Nereu D’Avila, e o que nos dá
direito, e nos impõe até o dever, de renovar um alerta. Aqui no Rio Grande Sul,
por determinação do Governador do Estado, a gloriosa Brigada Militar do Estado
do Rio Grande do Sul tem tido um comportamento passivo diante dessas situações.
E o que diz o Governador é que, enquanto não houver o abalo à integridade
física, enquanto ficar restrito à ação danosa ao patrimônio público e privado,
especialmente o privado, e o privado que não
tem a simpatia do Governo do Estado, porque, em alguns órgãos de imprensa, o
privado é amplamente protegido, em outros, não. Da mesma forma, o Governo do
Estado, o Palácio Piratini tem uma cobertura integral da Brigada Militar do
Estado do Rio Grande do Sul, enquanto que o resto da Cidade, inclusive esta
Casa, fica entregue à própria sorte.
Então, eu queria, Sr.
Presidente, com a minha responsabilidade de Vereador de longos anos nesta Casa,
fazer esse alertamento e esse apelo no sentido de que se altere esse
comportamento. Um ditado popular, Ver. Kevin, já diz, com muita propriedade,
que é melhor prevenir do que remediar. Eu pergunto: é possível remediar essa
situação lá no Rio de Janeiro? Essa vida que foi ceifada é recuperável, Ver.
Nereu D’Avila?
Então, nós não
podemos esperar que, aqui no Rio Grande do Sul, venhamos a ter que lamentar uma
ocorrência semelhante a essa. E para que isso não ocorra é preciso que se
previnam essas situações e que seja autorizada à Brigada Militar do Rio Grande
do Sul – que é competente, que é integrada de profissionais altamente
habilitados, já calejados nas suas funções – agir da forma como que,
historicamente, agiram nesta Cidade, onde se registram muito mais vítimas da
parte da Brigada do que propriamente daqueles que são reprimidos por esta,
quando isso se faz necessário.
Agora, presentemente,
o que se observa é que a nossa gloriosa Polícia Militar toma atitude
extremamente passiva, até omissiva em determinadas circunstâncias e em
determinados momentos. E isso tem implicado inclusive em alguns desastres que
já são lamentáveis. Inclusive a própria Brigada Militar já tem integrantes da
corporação com a probabilidade de ficar com deficiência visual, em função de
acontecimentos que ocorreram durante uma das tantas manifestações que a Cidade
sediou no ano que passou. Comenta-se a possibilidade de novas situações.
Então, é em função
disso, Sr. Presidente, que eu ocupo a tribuna, como Líder dos Democratas nesta
Casa, para fazer um apelo sentido ao Governador do Estado que ele altere a sua
posição, que ele não se transforme, ao final e ao cabo, em verdadeiro cúmplice dos
transgressores da ordem, daqueles que investem contra o patrimônio público e
que a todo momento estão colocando em risco a própria integridade física das
pessoas.
Até agora, não houve uma situação dolosa ao extremo
que pudesse por nós estar sendo lamentada. Graças a Deus! Deus tem nos salvo!
Até mesmo com o risco de a própria força pública do
Estado ser vitimada, porque já o foram em outras ocasiões. Há outros que fazem
movimentos contra a Copa, contra isso, contra aquilo outro, então, que a nossa
força pública seja liberada para atuar com a presteza e a eficiência que tem
caracterizado a sua ação. Ora, quando a Copa vier, já sabemos que a Presidente
Dilma mandará para cá policiais da força nacional, porque ela é da opinião de
que tem que prevenir ao invés de remediar.
Então, o Governador Tarso Genro que se inspire na
sua Presidente, na sua candidata à reeleição, que não siga o aconselhamento do
Ver. Pujol, que não tem condições para aconselhar um Governador de Estado, mas
que siga o exemplo da Presidente da República, que se preocupa com essas
situações e que está determinando várias medidas preliminares capazes de evitar
situações danosas, como essa que o Rio de Janeiro registrou, e que eu peço a
Deus que não se repita em Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, escutando a fala do
Ver. Pujol, nosso querido amigo, também venho me manifestar sobre o que
aconteceu com o cinegrafista que perdeu a sua vida, Santiago Andrade. Eu
gostaria, Ver.ª Fernanda, que faz parte da Comissão de Direitos Humanos, e
estou conversando com o Ver. Nedel, para fazer uma troca, eu estou na Comissão
de Educação, que eu possa retornar à Comissão de Direitos Humanos, porque tem
muito a ver com o trabalho que venho desempenhando ao longo dos anos como
Conselheiro Tutelar, depois como Secretário de Direitos Humanos e como
Presidente da FASC, para que a gente possa fazer uma Moção de Apoio à família
do cinegrafista Santiago Andrade – acho que é o mínimo que a Câmara de
Vereadores, através da nossa Comissão de Direitos Humanos, pode fazer. E eu
acho, Ver.ª Sofia, que também seria importante o Partido dos Trabalhadores, em
nível nacional, com a nossa Secretária Nacional dos Direitos Humanos, Ministra
Maria do Rosário, em Brasília, se manifestar em relação a isso. Estar ao lado
da dor dessa família é o mínimo que nós podemos fazer. E é muito importante. Da
mesma forma como nós temos os trabalhadores que hoje estão aqui aguardando o
nosso Presidente – quando nós encerrarmos a Sessão, estaremos juntos, no apoio
a vocês –, é importante garantir os direitos dos trabalhadores, garantir os
direitos de quem sofre, como a família do Santiago Andrade está sofrendo.
O que me preocupa, também, conforme a fala do Ver.
Pujol, é a questão da nossa segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul.
Eu conheço bem a nossa Polícia Militar – fui Secretário de Segurança, Ver.
Nereu, e depois tu foste também, do Município de Porto Alegre –, e sei quanta
honra e quanta dedicação nós temos dos nossos brigadianos, que, hoje, não estão
podendo fazer o seu trabalho como deveriam fazer. Eu não sou contra movimentos
sociais; muito pelo contrário, sou a favor deles. Lido há muitos anos com os
movimentos sociais da periferia da cidade de Porto Alegre. Agora, a nossa
Polícia Militar não pode mais ser orientada vendo saques nos nossos comércios,
depredação do patrimônio público, e ela passiva, por ordens superiores, não
podendo agir. São pessoas que pagam impostos e que empregam trabalhadores e têm
os seus locais furtados e roubados a 50 metros de policiais militares, que, com
certeza, gostariam de estar agindo na defesa do patrimônio público e do
patrimônio privado.
E fiquei muito preocupado, Ver.ª Fernanda, quando
nós vimos algumas reportagens na televisão em relação à questão da morte do
cinegrafista Santiago Andrade. A gente também tem que saber o quanto é verdade
quando a gente escuta e vê, nas notícias em nível nacional, que há ativistas
como a Sininho quando passou por jornalistas e falou, alto e bom som: “Vocês
serão os próximos” – isso saiu nas reportagens do Jornal Nacional e do Fantástico.
Ela disse: “Tomara que vocês sejam os próximos!” Isso não pode acontecer. Nós
não podemos incentivar, de forma nenhuma, isso; isto não é movimento social.
Movimento social foi o que aconteceu no Brasil inteiro, quanto não houve
depredações e que a população foi às ruas para brigar, lutar, mas de forma
ordenada, lutando pelos seus direitos, por uma melhor qualidade nos serviços
públicos no Brasil inteiro. Mas, de forma nenhuma, podemos compactuar com a
violência como a que aconteceu no Rio de Janeiro, e não sei se vocês notaram
que em um dos cartazes, inclusive nessa última manifestação que gerou a morte
do cinegrafista, que dizia: “Isto aqui vai virar Porto Alegre”. Eu não sei se
vocês notaram isso nas notícias, nós temos que ter muito cuidado com isso. Nós
aqui discutimos a semana inteira o quanto é importante a patronal ceder em
relação aos direitos dos trabalhadores do Sindicato dos Rodoviários,
principalmente na questão do banco de horas que deverá acabar até junho, se eu
não me engano. Isso é um direito e uma luta que os rodoviários vêm travando há
muitos anos, e como disse o Ver. Paulinho, desde que começou a trabalhar como
rodoviário, a categoria luta por isso, e chegou o momento de isso acabar.
Então, as lutas sociais, os movimentos sociais são importantíssimos, mas sempre
precisamos ter a ordem pública para que esses movimentos façam as suas
manifestações dentro da Lei e dentro da ordem pública.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Presidente, Ver. Professor Garcia, primeiro, eu
queria lhe agradecer por prontamente aceitar que nós pudéssemos fazer essa
reunião com os trabalhadores da Clinsul, também trabalhadores de portaria,
muitos são porteiros dos nossos postos de saúde e estão sem receber desde o dia
05 de fevereiro, que seria a data limite para pagar os trabalhadores, e a
maioria também está sem receber as suas férias; eu acho que todos, inclusive os
trabalhadores da Clinsul, que fazem esses serviços terceirizados no HPS e nos
postos de saúde da nossa Capital. Mesmo sendo uma terceirização no serviço
público – e vocês sabem a minha opinião em relação à terceirização, é uma forma
de burlar os direitos dos trabalhadores –, o gestor tem responsabilidade; tem
responsabilidade porque é quem firma o contrato. Se a Prefeitura fica sabendo,
e eu sei que vocês estiveram na Secretaria Municipal de Saúde hoje alertando a
Secretaria de que não receberam, tem que aplicar a multa, tem que romper o
contrato com a contratada, tem que exigir que pague esses valores que foram
repassados, porque o fato é que existe um contrato de gestão de portaria que
não está sendo cumprido, e esses trabalhadores estão sendo desrespeitados.
Então, eu acho que essa reunião é muito importante para que a Câmara possa ser
proativa nesse direito dos trabalhadores, que é um direito mínimo, direito ao
salário; um direito mínimo, o direito a receber por esse período trabalhado.
Mesmo que defendamos que os salários têm que aumentar, que é importante ter
direitos trabalhistas, nós sabemos que a terceirização é uma forma de burlar
esses direitos, burlar a sindicalização, burlar a capacidade de mobilização das
categorias, mas o mínimo, emergencial é que paguem os salários imediatamente.
Eu também venho a esta tribuna, evidentemente, me
solidarizar com a família do cinegrafista Santiago Andrade. Nós, o Brasil
inteiro, está solidário e de luto diante da morte do cinegrafista, que estava
em serviço, filmando uma manifestação no Rio de Janeiro e foi vitimado por esse
rojão – assim como apoiar a Moção que foi trazida a esta tribuna.
Mas eu venho, muito tranquilamente, fazer outro
debate aqui nesta tribuna de outra situação que me parece inaceitável: um
ataque sórdido, injusto, mentiroso e difamatório contra o Deputado Estadual
Marcelo Freixo. É inaceitável o que a Rede Globo vem fazendo! Ainda mais de
nós, que sempre, desde o início dos protestos em junho do ano passado,
falávamos contra a agressão, contra a violência, contra depredações. Contra a
violência, é verdade, do Estado, e também nós tivemos um jornalista que foi
atingido por uma bala de borracha num olho e perdeu a visão, na cidade de São
Paulo, e nós nos solidarizamos igual com este jornalista. Outros tantos que
foram agredidos pela polícia nesse processo. Não vamos nos
esquecer que no Rio de Janeiro, inclusive, bala de verdade foi utilizada, assim
como essa violência que vitimou o jornalista Santiago Andrade.
O Marcelo Freixo, que
foi o líder de uma CPI que investigou as milícias, organizações paramilitares
que envolvem agentes do Estado, verdadeiros mafiosos, na cidade do Rio de
Janeiro, que cobram serviço de NET, de gato, de água, luz, enfim, apavorando a
população do Rio de Janeiro! O Deputado Marcelo Freixo foi a linha de frente no
Brasil nesse debate, não só fez o debate, fez uma CPI que identificou 500
pessoas vinculadas com as milícias, inclusive deputados e vereadores do Rio de
Janeiro que perderam seus mandatos, muitos presos em função do trabalho do Deputado
Marcelo Freixo, um defensor histórico dos direitos humanos, e que sempre se
manifestou contra qualquer violência. Ele tem sofrido ataques levianos com o
intuito claro de macular a sua imagem e a daqueles e daquelas que sempre
apoiaram a necessidade de lutar, de ter manifestações do povo por direitos,
como a redução da tarifa. Porto Alegre foi um exemplo de onde se reduziu a
tarifa, em 2013, a partir da mobilização da juventude.
Mas nós não
aceitaremos, de maneira nenhuma, essa campanha difamatória contra o nosso
Deputado Marcelo Freixo, que nós já vimos em outros episódios: fizeram com o
Leonel Brizola, que depois ganhou o direito de resposta; com o próprio Lula no
sequestro do Abílio Diniz, tentando desmoralizar lideranças genuínas dos
trabalhadores e do povo imputando aquilo que sempre foi criticado por todos
nós.
Também não vamos
aceitar essa política da criminalização dos protestos, da falsa demagogia de
vários que sempre foram contra a luta do povo, mas quando dois milhões tomaram
as ruas, tiveram que mudar o seu discurso e, agora, com o gancho, querem
enquadrar os movimentos sociais como terroristas. Vocês imaginem organizar uma
passeata pelo direito à água que está faltando em vários bairros de Porto
Alegre e ser tipificado por terrorista! Uma lei que veio encomendada pela FIFA
para proibir que o nosso povo se organize e faça as suas manifestações
necessárias para garantir direitos, para garantir saúde e para garantir
educação no padrão FIFA, para garantir tarifa mais baratas. Então, eu quero deixar
esse registro, agradecer ao Presidente e encaminhar a proposta para que, depois
que termine a Sessão, nós possamos receber os trabalhadores da Clinsul.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3517/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 396/13, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
denomina Rua Glauco Rodrigues o logradouro público não cadastrado conhecido
como Rua E – Chácara das Peras –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 3528/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 402/13, de autoria do Ver. Mario Fraga, que
inclui a efeméride Dia do Funk no
Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas
e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores,
no dia 9 de junho.
PROC.
Nº 3545/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 403/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora Rosane Maria Marchetti
Reinelli.
PROC.
Nº 3568/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 058/13, que altera o caput e revoga o § 3º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 6 de janeiro
de 2011 – que altera a especificação da classe de cargo de provimento efetivo de
Assistente Administrativo, constante na letra b – das Especificações de Classes
– do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações
posteriores, e institui gratificação aos detentores de cargos efetivos de
Assistente Administrativo que especifica –, alterada pela Lei nº 11.250, de 4
de abril de 2012, e Lei nº 11.223, de 17 de fevereiro de 2012, incluindo os
servidores da Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) dentre os beneficiários.
PROC.
Nº 0156/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/14, que autoriza o Executivo Municipal a
conceder ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), da Caixa Econômica Federal
(CEF), o uso dos próprios que descreve, para fins de implemento de construções
para habitação popular, na sistemática do Programa Minha Casa, Minha Vida.
PROC.
Nº 0172/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/14, que altera o art. 49 da Lei nº 6.310, de
28 de dezembro de 1988, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários do
Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), dispõe sobre o Plano de Pagamento
e dá outras providências.
PROC.
Nº 0213/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 001/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que concede o Diploma
Honra ao Mérito à senhora Lélia Deluiz Wanick Salgado.
PROC.
Nº 0214/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 009/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Sebastião Ribeiro Salgado
Júnior.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2241/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 258/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
declara de utilidade pública o Núcleo Comunitário e Cultural de Belém Novo.
PROC.
Nº 3271/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 054/13, de autoria do Ver. Professor Garcia, que concede o Diploma
Honra ao Mérito ao professor Max Günther Haetinger.
PROC.
Nº 3351/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 056/13, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor Ronaldo Iranso
Ramos.
PROC.
Nº 3353/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 372/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que
denomina Rua Pastor Dorival Borges Martins o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua 3762, localizado no Bairro São José.
PROC.
Nº 3364/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 374/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que
denomina Parque Esportivo Ipanema José Trindade o equipamento público
localizado na Avenida Cavalhada, 6735, Bairro Ipanema..
PROC.
Nº 3389/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 376/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
denomina Avenida Jorge Benjamin Eckert o logradouro público cadastrado conhecido
como Avenida 713 – Loteamento Parque Empresarial Condor –, localizado no Bairro
São João.
PROC.
Nº 3434/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 384/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
denomina Rua Maurícia de Matos o logradouro não cadastrado conhecido como Beco
Um – Rua Chico Pedro –, localizado no Bairro Camaquã.
PROC.
Nº 3477/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 390/13, de autoria do Ver. Paulinho Motorista,
que denomina Rua Pedro Paulo Franganito o logradouro não cadastrado conhecido
como Beco Um – Rua Chrispim Antônio Amado –, localizado no Bairro Lami.
PROC.
Nº 3520/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 399/13, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
denomina Rua Aldo Locatelli o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
I – Chácara das Peras –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 3551/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 063/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede o Diploma
Honra ao Mérito à Massolin de Fiori Società Taliana.
PROC.
Nº 0143/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 001/14, que declara de utilidade pública a
Associação dos Amigos do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul.
PROC.
Nº 0157/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/14, que declara de utilidade pública a
Associação de Ensino Social Profissionalizante (ESPRO).
PROC.
Nº 0245/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 005/14, que declara de utilidade pública a Casa
de Passagem Viva com Esperança.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; hoje, confirmando o que já ocorreu nos primeiros dias deste ano
legislativo, nós temos a comprovação da intensidade do trabalho desta Casa com
o número de projetos que têm aportado e que constituem a Pauta que enseja esta
discussão preliminar.
Hoje, por exemplo, nós temos vários projetos de
origem do Executivo que se somam a alguns de origem legislativa. Um deles,
projeto do Executivo, é aquele em que o Executivo Municipal pede autorização
para conceder ao Fundo de Arrendamento Residencial –
FAR, da Caixa Econômica Federal, o uso dos próprios que descreve para fins de
implemento de construções para habitação popular, na sistemática do programa
Minha Casa, Minha Vida. Ora, eu estou, de certa maneira, surpreso com a ementa
desse projeto e, sinceramente, torcendo para que ela esteja incorreta, porque
eu tenho visto, em situações semelhantes, o Município transferir a propriedade
de vários imóveis em Porto Alegre para a Caixa Econômica Federal implementar
esses programas. E eu tenho absoluta certeza de que a grande maioria das
áreas transferidas para a Caixa Econômica Federal não ensejaram ainda nenhum
projeto do Minha Casa, Minha Vida por razões as mais diversas. Por isso, quando
eu vejo aqui a transferência do uso – sei que isso implica a transferência da
propriedade –, eu vejo que os meus apelos da tribuna têm surtido efeito,
Vereador-Presidente, e que alguma modificação está surgindo. Em verdade, doar
para a Caixa Econômica Federal imóveis do Município para que ela coloque nesse
programa de arrendamento residencial, que nunca vai ensejar a propriedade
definitiva para a população carente, é uma alternativa com a qual eu não
concordo. Isso vai transformar, mantida essa orientação, a Caixa Econômica
Federal na maior latifundiária urbana de Porto Alegre com a quantidade de
imóveis que o Município vem transferindo dentro desses programas de
arrendamento residencial. Por isso, eu saúdo entusiasticamente essa possível
mudança de orientação, já que o Município, ainda que não fuja da sistemática do
programa Minha Casa, Minha Vida, cujo objetivo final é garantir um teto para
quem não o tem, o que é por mim saudado... Só que há esse vezo de não ensejar
ao pobre a possibilidade de ele ter definitivamente a propriedade de um imóvel,
e, sim, o direito de uso sobre ele. Dentro dessa circunstância, eu saúdo esse
anúncio de que está se transferindo, concedendo o uso dos próprios que
descrevem para fins de implemento de construção para habitação popular. Fica
melhor assim, Sr. Presidente. Por isso eu vou me deter sobre o PLE nº 002/14,
como de resto vou olhar o PLE nº 004/14, que altera o art. 49 da Lei nº 6.310,
de 28 de dezembro de 1988, que estabelece o plano de carreira dos funcionários
do Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB, dispondo sobre o plano de
pagamento e dando outras providências. Esse, Ver. Kevin Krieger, eu já tive
oportunidade de me esclarecer. É uma mudança de terminologia: onde fala em
“recurso”, passa-se a usar a expressão “valores”. Porque, quando se fez o plano
de carreira do Departamento Municipal, plano de carreira, de cargos e
pagamentos, o pagamento era feito na boca do caixa, coisa que não existe mais
hoje. Hoje tudo é pelo registro bancário, a pessoa nem sequer recebe o famoso holerite,
ou seja, o aviso de pagamento. Ela é informada ao acessar a sua conta bancária
e ver que houve movimentação.
Por tudo isso, Sr. Presidente, eu fico satisfeito
que, ao final deste dia tão movimentado aqui na Casa, de debates profundos
sobre temas os mais diversificados possíveis, especialmente aqueles mais
momentâneos, como é o caso do transporte público, que tem tomado a nossa
atenção por inteiro, nós estamos vendo que o Município faz uso de todos os
instrumentos válidos para estimular a construção de habitações populares na
cidade de Porto Alegre, sob pena, obviamente, de ver aumentado o nosso déficit
habitacional, que, convenhamos, já é muito grande, é grande o suficiente para
nos preocupar e nos permitir e determinar que venhamos, além de nos preocupar,
a nos ocupar a respeito desse tema. Por isso, Ver. Kevin, fica aqui esse meu
pronunciamento neste final de tarde, cujo término da Sessão se avizinha. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Presidente, eu gostaria de pedir verificação de quórum porque nós temos
os trabalhadores nos aguardando.
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Sofia Cavedon já estava inscrita em liderança
de oposição, que eu concedo. Logo depois, faremos verificação de quórum.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Vereador-Presidente. Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; quero
aqui expressar a nossa total solidariedade com o Deputado Marcelo Freixo. Nós
não aceitamos, a Bancada do Partido dos Trabalhadores não aceita que movimentos
sociais sejam criminalizados em função de alguns, que, infelizmente, são
criminosos e não têm noção da irresponsabilidade de fazer movimento social com
armas, com violência, com depredação.
A nossa Bancada, do PT – e falo em nome da oposição
–, é uma Bancada que tem a clareza dessa diferença.
A Brigada Militar do Rio Grande do Sul tem tentado
e tem feito um grande esforço para fazer a distinção do que é movimento social
e do que é movimento baderneiro, violento e depredador. É muito difícil,
porque, dentro da massa, há complicações, há dificuldade de distinção, de não
passar sobre os direitos humanos de jovens, de manifestantes, que têm todo o
direito respaldado pela democracia, mas há um esforço muito grande do nosso
Governo, com diálogo, com repressão de quem é bandido, de quem é violento.
Temos que construir mecanismos de identificação,
sim.
Nós repudiamos e somos absolutamente solidários com
a família. Repudiamos essa morte absurda, não só ela, mas várias situações de
violência que atingiram, no meio dessas manifestações, tantas pessoas, sejam
policiais, ativistas, transeuntes, moradores ou mesmo proprietários de lojas,
de pequenos empreendimentos, aqui em Porto Alegre, que, no ano passado, tiveram
grandes prejuízos e que o nosso Governo abriu para ressarcimento.
Acho que é um aprendizado a desmilitarização das
polícias, que é necessário que aconteça neste País, mas não há conivência com a
violência de nenhuma espécie, nem a violência de Estado, nem a violência dos
bandidos, nem a violência de quem acha que, por meio dos movimentos sociais,
pode se manifestar dessa maneira. Não concordamos e não respaldamos. Sei que
falo em nome de toda a oposição.
Vamos participar da reunião. É muito grave a
violência que se pratica, via Estado, a terceirização em Porto Alegre, a
frouxidão com que se deixa pseudocooperativas, empresas explorarem o
trabalhador através do dinheiro público. Nós não concordamos, nós combatemos,
nós evoluímos nesta Casa, com lei, mas falta seriedade e gestão do Executivo
Municipal, que é o fiscal dos contratos, que é o contratante, que é quem paga a
conta.
Ontem, conversei com o Sebastião Melo sobre as
meninas da SMED, em grande maioria, que estão passando pelo mesmíssimo
problema. Isso é uma violência de Estado que não aceitamos.
Mas eu quero entrar no tema de outra violência
muito grave. Eu quero mostrar a imagem do tapume das obras da OAS ao lado da
Arena da Grêmio, onde está escrito: “Vem aí mais Liberdade.” (Projeção de
imagens.) Trata-se do empreendimento de 900 e tantos apartamentos já vendidos.
Aliás, está lá na placa: venda recorde. Apartamentos privados, são da
construtora, não são da Arena, e estão sobre terreno público. Está ali: “Vem aí
mais Liberdade! OAS empreendimentos”. Se vocês olharem a próxima foto, verão
que tem três prédios já altos, rapidamente sendo construídos, para apartamentos
de luxo ao lado da Arena do Grêmio. E vão ver que tem uma placa logo em seguida
na qual a Prefeitura de Porto Alegre coloca dinheiro público para fazer as
obras do entorno da Arena do Grêmio. Entorno desse empreendimento que colocará
mil moradores, ou mil famílias, abonadas, ao lado da Arena do Grêmio, com todas
as benesses do Poder Público. Trinta milhões em benesses de terrenos, todos os
índices construtivos que a OAS recebeu a mais do que o Plano Diretor permitia,
R$ 30 milhões estaduais e municipais e isenção de impostos. E, pasmem, a Prefeitura
de Porto Alegre abre mão das obras obrigatórias que o licenciamento determinou
para a OAS. E, ao redor da Arena do Grêmio, ao lado daquele empreendimento rico
e que a Prefeitura se esforça em buscar recursos no Governo Federal, no Governo
Estadual, nas emendas parlamentares para fazer as obras do entorno... Porque,
afinal, como vão ocupar aqueles apartamentos na rapidez que estão sendo
construídos sem ter as vias construídas? Todas as vias, repito, colocadas no
licenciamento como de responsabilidade da OAS. E o que enxergamos ao lado na
Arena? Essa cena é importantíssima: os casebres da Vila Liberdade. Esta, sim, é
a Vila Liberdade. (Mostra imagem.) Mas não tem 30 metros da Arena do Grêmio e
lá estão, há mais de um ano queimados, mas há mais de 20 anos, os que ganharam
no PIEC, no Programa Integrado Entrada da Cidade, no Orçamento Participativo, a
urbanização, a moradia e estão aguardando. Cento e sessenta milhões é o
montante de obras – ali são as casas da Vila Liberdade – que o Prefeito assinou
isentando a OAS. E que agora, depois de muitas denúncias, de muitas ações, do
mandado das lideranças do Humaitá, a Prefeitura está proibida de realizar essas
obras e deve investir recursos públicos, sim, na população que está na miséria,
que está dentro do esgoto, com os ratos, com o lixo ao redor da Arena do
Grêmio. Isso é violência de Estado, Ver.ª Fernanda Melchionna. Isto é violência
de Estado, Kevin, que eu gostaria que tu repudiasses, que eu gostaria que tu
ajudasses a impedir, porque esta Cidade não pode, com dinheiro público, fazer
essa opção. Não pode! O Ministério Público agora está dizendo que não pode, o
Tribunal de Contas está proibindo, mas nós, há dois anos, dizemos para a
Prefeitura que isso é criminoso, que não poderia ocorrer. Nós repudiamos todos
os crimes, em especial os de Estado. Dinheiro público do Estado está aí para
garantir direitos e não privilégios. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Visivelmente, não há
quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h18min.)
* * * * *